Chainlink lança protocolo para conectar blockchains com mercado financeiro tradicional

“CCIP criará uma dinâmica público-privada que desbloqueará trilhões de dólares para o espaço de criptomoedas”, projeta o cofundador da Chainlink
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O oráculo de dados mais popular do mercado cripto, Chainlink, lançou na segunda-feira (17) seu Protocolo de Interoperabilidade Cross-Chain (CCIP, na sigla em inglês) na sua rede principal.

A fase de acesso antecipado ao protocolo suporta as redes Avalanche, Ethereum, Optimism e Polygon, com o CCIP também sendo adotado pelos protocolos de empréstimos DeFi Aave e Synthetix.

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A Chainlink afirma que o mesmo modelo de segurança que alimenta os oráculos de preços — projetados para resistir a ataques de empréstimos relâmpagos (flash loan) e outras ameaças conhecidas — está por trás do protocolo.

O objetivo do CCIP é se tornar o “TCP/IP das finanças”, disse Sergey Nazarov, cofundador da Chainlink, referindo-se à arquitetura central da internet criada há quase 50 anos.

“O CCIP cria um sistema padrão de comunicação entre diferentes blockchains“, disse Nazarov ao Decrypt. “Na esfera das blockchains públicas, ele será usado para conectar aplicativos DeFi com várias outras blockchains.”

“Essas redes se beneficiarão de um imenso sistema de segurança por meio de sua rede de gerenciamento ativa recém-criada”, acrescentou.

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E o foco não se limita apenas às criptomoedas.

“Através do CCIP, criaremos uma dinâmica público-privada que dará acesso a ativos digitais para as finanças tradicionais, e ao espaço das criptomoedas a trilhões de dólares”, explicou Nazarov.

TradFi se aproxima de cripto 

A Chainlink já começou a trabalhar com alguns dos maiores players do espaço financeiro tradicional — Swift, BNY Mellon, Citigroup e BNP Paribas, para citar alguns. Isso também acontece em meio à forte e repentina entrada da BlackRock no mercado de ETFs de Bitcoin.

Isso dará aos bancos acesso a tokens de ativos do mundo real, disse Nazarov, permitindo que eles se envolvam no espaço blockchain de várias maneiras. E, tendo estado no mercado de criptomoedas desde 2010, ele afirma que desta vez será diferente.

“Esta é a primeira fase de queda em que os bancos continuam interessados porque seus clientes desejam criptomoedas por meio de suas instituições”, disse. “Outros ciclos foram totalmente baseados no preço dos tokens. Este ciclo é baseado em seus clientes pedindo consistentemente que eles se envolvam em cripto.”

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Nazarov disse que isso representa uma mudança significativa para as finanças globais. “Da mesma forma que o TCP/IP conseguiu unir uma internet fragmentada, o CCIP unirá um sistema financeiro global fragmentado”, prometeu.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.