CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, é fotografado
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O Presidente do Conselho e CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, voltou a criticar o Bitcoin durante o Fórum Econômico Nacional Reagan, na Califórnia, dizendo que os Estados Unidos deveriam investir em armamentos, e não em Bitcoin.

Os comentários vieram como resposta a questionamentos sobre políticas industriais e segurança nacional, quando a moderadora do evento, a jornalista da CNBC, Morgan Brennan, lançou a pergunta: “Precisamos repensar o que constitui segurança nacional?”

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“Eu não repensaria. Sabemos o que constitui a segurança nacional. Não deveríamos estar estocando Bitcoin — deveríamos estar estocando armas, munição, tanques, aviões, drones, terras raras. Sabemos o que precisamos fazer. Isso não é um mistério”, disse Dimon.

“Você disse estocar Bitcoin?”, perguntou a mediadora. “Eu disse que não deveríamos estar estocando Bitcoin. Não deveríamos. Deveríamos estar estocando munição, ok? Tipo, os caras do exército te dizem que se houver uma guerra no Mar do Sul da China só temos mísseis para sete dias. Não dá pra dizer isso com cara séria e achar que está tudo bem”, concluiu o executivo.

Promovido pela Fundação e Instituto Presidencial Ronald Reagan (RRPFI), organização sem fins lucrativos criada pelo ex-presidente Ronald Reagan, o Fórum é encarregado de promover seu legado e seus princípios, como liberdade e oportunidade econômica.

JPMorgan e Bitcoin

O posicionamento se soma a uma longa trajetória de críticas do executivo às criptomoedas. Ainda assim, no dia 19 de maio, durante o Investor Day 2025 do JPMorgan, Dimon revelou uma mudança significativa na postura do banco: a instituição permitirá que seus clientes comprem Bitcoin — embora sem oferecer serviços de custódia. 

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“Vamos permitir que vocês o comprem”, disse Dimon, depois de ressaltar que o banco não fará a custódia dos ativos, sinalizando porém uma mudança na forma como a empresa aborda as criptomoedas.

Ele ressaltou, porém, que sua opinião pessoal permanece a mesma: “Ainda não sou fã do Bitcoin”. Ele então citou preocupações com o uso da moeda em crimes como tráfico sexual e lavagem de dinheiro.

Durante o mesmo evento, Dimon também criticou o excesso de entusiasmo em torno da tecnologia blockchain, afirmando que o setor é supervalorizado. “Estamos falando de blockchain há 12 a 15 anos. Gastamos demais nisso. Não importa tanto quanto vocês pensam”, comentou.

Apesar das críticas, o JPMorgan tem se envolvido ativamente com a Web3. No início de maio, o banco realizou sua primeira transação em uma blockchain pública, liquidando títulos tokenizados do Tesouro dos EUA por meio da plataforma Ondo Finance, utilizando a rede Chainlink para integrar sistemas públicos e privados.

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Com influência significativa em Wall Street e na política norte-americana, Jamie Dimon já foi cogitado por Donald Trump para o cargo de Secretário do Tesouro dos EUA. Com frequência, o presidente o elogia como uma das figuras mais competentes do setor financeiro do país.

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