Imagem da matéria: CEO de empresa cripto é esfaqueado durante julgamento por suposto golpe de R$ 4,6 bilhões
Foto: Shutterstock

Na Coreia do Sul, o CEO da empresa de criptomoedas Haru Invest foi atacado na quarta-feira (28) enquanto participava de seu julgamento por suposta fraude que deixou um prejuízo estimado em US$ 826 milhões (R$ 4,6 bi).

Hugo Hyungsoo Lee foi esfaqueado várias vezes no pescoço por um homem descrito pela mídia local como tendo cerca de 50 anos e foi imediatamente levado ao hospital para tratamento. 

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Os ferimentos que ele sofreu não representam risco de vida. O agressor teria sido um antigo cliente da Haru Invest.

O julgamento é de alto nível, não apenas por causa da grande quantidade de dinheiro envolvida, mas também porque ocorreu em um momento em que as leis da Coreia do Sul estavam sendo atualizadas para proteger os consumidores.

O suposto golpe da Haru Invest

Lee era um dos três executivos presos por fraude em fevereiro de 2024, sob a acusação de desvio de dinheiro envolvendo 1 trilhão de won em criptoativos.

De acordo com a acusação, os executivos foram acusados de receber depósitos de cerca de 16 mil clientes entre março de 2020 e junho de 2023 e, em seguida, investi-los integralmente, anunciando falsamente que estavam “operando-os de forma estável usando uma técnica de investimento diversificada e orientada para o risco”.

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A Haru Invest estava anunciando aos seus clientes taxas de juros anuais de até 12% para investimentos em ativos digitais. Depois de junho de 2023, no entanto, os saques de criptoativos foram suspensos sem aviso prévio.

Preocupado com as proteções ao consumidor disponíveis com as criptomoedas, o governo coreano aprovou uma lei em junho de 2023 para garantir a proteção dos ativos mantidos pelos usuários.  Ela foi promulgada um ano depois.

A “Lei de Proteção ao Usuário de Ativos Virtuais” também visa regulamentar as atividades cripto, fornecer maior supervisão do mercado e garantir autoridade para a Comissão de Serviços Financeiros.

A lei substituiu uma decisão anterior de 2021 que o FSC reconheceu ter limites em que as autoridades não conseguiam responder ao que considera vários tipos de transações “injustas”.

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O órgão regulador também identificou o lapso regulatório como a prevenção de danos ao usuário decorrentes do mercado cripto. A esperança é que a nova regulamentação supervisione e sancione de forma mais eficaz os provedores de serviços de ativos virtuais e ajude as vítimas com medidas de alívio.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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