Imagem da matéria: Caixa Econômica anuncia pausa na cobrança de crédito para casa própria, pessoas físicas e empresas
(Foto: Shuttertstock)

A Caixa Econômica Federal anunciou nesta quinta-feira (19), por meio de coletiva transmitida pelas redes sociais, uma pausa de 60 dias na cobrança de contratos de crédito vigentes para pessoas físicas e empresas.

A medida faz parte do conjunto de ações da instituição estatal que visam atenuar os efeitos da pandemia de coronavírus sobre a economia e a renda de clientes.

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O benefício cobre operações como crédito consignado, empréstimos pessoais (CDC), capital de giro e renegociação. Financiamentos da casa própria também estão inclusos na pausa.

O banco estatal também anunciou novas taxas de crédito pessoal. No consignado, os juros começarão em 0,99% ao mês. A mínima no penhor será de 1,99% e, no CDC, de 2,17% ao mês. Também estão previstas para breve a ampliação de linhas pessoais de crédito.

Já empresas que atuam em comércio e prestação de serviços terão até seis meses de carência em linhas especiais de crédito junto ao banco. Esses setores são os mais impactados com o isolamento dos consumidores em casa devido à disseminação do coronavírus.

Banco do Brasil amplia crédito

Outra instituição estatal, o Banco do Brasil anunciou na quarta-feira (18) ampliação de R$ 100 bilhões em suas linhas de crédito. Com a medida, 13 milhões de clientes tiveram efetiva ampliação de seu limite de empréstimos.

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Para as pessoas físicas, o reforço de recursos ocorre nas linhas de crédito pessoal (crédito consignado, crédito salário e crédito automático). Para as empresas, o banco estatal reforçará em R$ 48 bilhões os recursos disponíveis para linhas de capital de giro, de investimento e de antecipação de recebíveis.

“É muito importante que o crédito continue disponível aos nossos clientes neste momento o que irá contribuir para a superação das dificuldades que venham a enfrentar. A orientação aos nossos gerentes é que acompanhem de perto a situação de cada cliente para que possamos antecipar as soluções financeiras adequadas já nos primeiros sinais de dificuldade”, disse Rubem Novaes, presidente do Banco do Brasil.

Setor mobilizado

As duas instituições também foram parte do comunicado divulgado no começo da semana pela Febraban, nos quais os cinco grandes bancos brasileiros — Itaú, Bradesco e Santander, além de Caixa e BB — se comprometeram a “atender pedidos de prorrogação, por 60 dias, dos vencimentos de dívidas”.

O Santander, inclusive, anunciou aumento de 10% dos limites dos cartões de crédito que estiverem com pagamentos em dia. A instituição também decidiu antecipar já para abril o pagamento total do 13º salário dos seus 47 mil funcionários.

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Tais medidas são facilitadas por determinação recente do Conselho Monetário Nacional (CMN), que também anunciou mudanças para possibilitar aos bancos a ampliação das linhas de crédito e renegociação de dívidas.

Entre elas está a redução por um ano do Adicional de Conservação de Capital Principal (ACPConservação), de 2,5% para 1,25%. Esse corte, de acordo com Banco Central (BC), vai ampliar em R$ 56 bi a folga de capital no sistema financeiro.

A medida também deve aumentar a capacidade total de concessão de crédito do sistema nacional para algo em torno de R$ 637 bilhões.


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