Mordomo na faixa de 70 anos segurando um espanador
Shutterstock

Enquanto Sam Bankman-Fried enfrenta uma sentença de 25 anos de prisão, a maioria de seus ex-colegas da FTX fez o possível para ficar fora dos holofotes. No entanto, um ex-executivo da falida corretora de criptomoedas agora vem chamando a atenção por suas compras extravagantes. 

Patrick Gruhn, ex-chefe da FTX Europe, gastou recentemente cerca de  R$ 7,7 milhões (US$ 1,5 milhão) para adquirir um relógio de ouro encontrado no cadáver de uma vítima do Titanic, de acordo com uma reportagem do The Wall Street Journal (WSJ).

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O relógio pertencia originalmente a John Jacob Astor, um magnata americano considerado o passageiro mais rico da trágica viagem transatlântica de 1912. 

Gruhn disse ao WSJ que comprou o relógio como presente para sua esposa, devido ao parentesco que sentia com a família Astor — que partiu da Alemanha no século XVIII em busca de fortuna na América.

Astor, fundador de sua dinastia familiar, fez fortuna estabelecendo um monopólio no comércio norte-americano de peles, contrabandeando ópio para a China e adquirindo imóveis baratos em Nova York. 

Tal como o falecido empresário cujo relógio agora possui, Gruhn, da FTX, também nasceu na Alemanha antes de se estabelecer nos Estados Unidos. Ele também acumulou uma fortuna — mas que veio com bastante escrutínio jurídico. 

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Relógio de ouro de John Jacob Astor, morto no Titanic
(Imagem: Henry Aldridge & Son)

Em novembro de 2021, a FTX gastou US$ 376 milhões para adquirir uma empresa suíça de criptomoedas dirigida por Gruhn e seus parceiros de negócios, que se tornaria a FTX Europe. 

No entanto , de acordo com uma ação movida posteriormente pela massa falida da FTX, a empresa ainda não tinha operado e ostentava apenas um “plano de negócios”; além disso, nenhuma due diligence foi concluída pelos advogados da FTX sobre a empresa de Gruhn, antes da conclusão da aquisição. 

Nos dois anos seguintes, de acordo com o mesmo processo, Gruhn enviou mais de 4 milhões de dólares da FTX Europe para a Kephas, uma empresa de sua propriedade pessoal, para serviços de consultoria não especificados.

Durante o mesmo período, de acordo com o processo FTX, Gruhn usou a Kephas para comprar um Cadillac Escalade personalizado e à prova de balas de US$ 146 mil. O executivo também usou fundos da empresa para pagar os salários de um mordomo, um chef em tempo integral, uma governanta e vários administradores de propriedades, todos os quais trabalhavam em sua casa particular de 700 acres em La Pine, Oregon, EUA. 

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A ação, movida no ano passado, buscava obrigar Gruhn e seus sócios a devolver as enormes somas que receberam da FTX — que supostamente consistiam em fundos de clientes da FTX desviados.

Depois que Gruhn e seus sócios entraram com uma ação de reconvenção, ambos os lados chegaram a um acordo em fevereiro, com os ex-chefes da FTX Europe concordando em recomprar a entidade por cerca de US$ 33 milhões. 

Gruhn continua morando em Oregon, onde comprou oito propriedades durante o período em que liderou a FTX Europe. Ele está agora construindo uma exchange de derivativos de criptomoedas na Europa, de acordo com o relatório, e opera uma rede de televisão católica na Alemanha.

*Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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