Imagem da matéria: Buterin chama Michael Saylor de "insano" por menosprezar autocustódia de Bitcoin
Vitalik Buterin e Michael Saylor (Fotos: Reprodução/Shutterstock)

O cocriador do Ethereum, Vitalik Buterin, classificou as declarações do empresário Michael Saylor sobre a autocustódia do Bitcoin como “completamente insanas”. O programador se pronunciou na terça-feira (22) pelo seu perfil no X (antigo Twitter) e foi mais uma voz que se juntou às críticas ao fundador da Microstrategy

Um dos maiores bitcoiners do mundo, Saylor surpreendeu a comunidade cripto ao dizer em entrevista ao jornal The New Zealand Herald que defende a ideia de possuir Bitcoin por meio de agentes financeiros regulados como BlackRock, Fidelity, JPMorgan e State Street. O empresário ainda disse que o receio de uma maior centralização e vulnerabilidade por conta dessa custódia terceirizada é coisa de “cripto-anarquistas paranoicos”.

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Pois Buterin foi ao X rebater Michael Saylor. Primeiro, com uma autocrítica, dizendo que foi uma das pessoas que “mais ajudou a espalhar o estereótipo de ‘homem das montanhas’” e que considera esses comentários “ultrapassados”. Porém, logo depois afirmou que a fala de Saylor foi “totalmente insana”. 

“Ele parece estar defendendo explicitamente uma abordagem de captura regulatória para proteger as criptomoedas. Há muitos precedentes de como essa estratégia pode falhar, e, para mim, isso não representa o que as criptomoedas deveriam ser”, disse Buterin.

A fala do cocriador do Ethereum foi uma resposta a uma publicação do fundador e CTO da Casa, Jameson Lopp, que disse: “A autocustódia não é apenas importante para os detentores individuais de Bitcoin. Ela é importante para o contínuo fortalecimento e aprimoramento de toda a rede”.

Menos chance de repressão do governo, diz Saylor

Na entrevista ao jornal neozelandês, Michael Saylor afirmou que armazenar Bitcoin por meio de empresas reguladas é mais seguro por reduzir a volatilidade e diminuir o risco de perda.

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O raciocínio é que governos e legisladores têm investimentos nessas instituições e, portanto, seriam menos propensos a mirá-las, em comparação com entidades privadas não reguladas, que poderiam estar mais sujeitas a repressões governamentais.

Estratégia de Saylor para crescimento

Nesta mesma entrevista, Saylor atribuiu o crescimento da capitalização de mercado da Microstrategy subir de US$ 1,5 bilhão para mais de US$ 40 bilhões em apenas quatro anos por conta da estratégia da empresa de integrar o Bitcoin aos mercados financeiros tradicionais.

“A MicroStrategy está sendo pioneira em um novo mercado; estamos emitindo títulos respaldados por capital digital”, disse Saylor. Ele explicou que os “investidores da empresa são Bitcoiners” e que “se você é um Bitcoiner, você acredita que o Bitcoin vai subir para sempre, com alguma volatilidade […] então, o que você quer é mais Bitcoin por ação”.

“O verdadeiro negócio da MicroStrategy é ser o principal emissor de títulos para adquirir Bitcoin, e à medida que adquirimos Bitcoin, estamos impulsionando a escassez do ativo”, concluiu Saylor.

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Originalmente uma empresa de software corporativo, a MicroStrategy agora possui 252.220 Bitcoins — mais de 1% de todos os Bitcoins que serão minerados —avaliados em aproximadamente US$ 16 bilhões. A empresa se reposicionou como uma desenvolvedora de Bitcoin, trabalhando em um protocolo de identidade descentralizada e buscando novas formas de integrar o Bitcoin às finanças tradicionais.

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