Brasileiros são atraídos por trabalho com criptomoedas na Ásia e vivem em situação análoga à escravidão

Segundo investigações, quadrilha chinesa com integrantes brasileiros está mantendo grupo no Camboja por meio de retenção do passaporte
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Foto: Shutterstock

O governo do Paraná divulgou na terça-feira (18) que recebeu uma denúncia de que 20 brasileiros estão sendo submetido a trabalho análogo à escravidão no Camboja, país localizado na Ásia. O grupo teria sido atraído para lá com a promessa de ganhar US$ 900 mensais mais comissão trabalhando na venda de criptomoedas para o público brasileiro.

Conforme reportagem da RPC, afiliada da TV Globo, os brasileiros tiveram seus passaportes confiscados e passam 12 horas trancados em uma sala trabalhando – não ficou claro se eles efetivamente trabalham com a venda de criptomoedas ou se os ativos foram apenas um chamariz.

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São 20 brasileiros, sendo cinco paranaenses. Segundo a reportagem, uma pessoal do grupo conseguiu entrar em contato com o Núcleo de Enfrentamento de Tráfico de Pessoas do Paraná (NETP-PR ), que já acionou o Itamaraty e a Polícia Federal. o Brasil não tem embaixada no Camboja, o que dificulta a solução do caso.

De acordo com a investigação, o aliciamento é feito por uma quadrilha chinesa, com integrantes brasileiros.

Em entrevista à emissora, a Silvia Xavier, coordenadora do Núcleo que recebeu a denúncia, afirma que os relatos caracterizam um clássico episódio de escravidão moderna.

“Nesse local, a denúncia é de que as instalações são horríveis, as camas não têm colchão e eles são obrigados a ficar nesses quartos de 10 a 12 horas por dia, onde eles pagam multas por qualquer atitude […] E é bem típico de tráfico de pessoas, porque eles têm o documento retido, a liberdade privada e uma dívida a ser paga”, disse Silvia.

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