Brasileiros têm mais Bitcoin e menos Ethereum que vizinhos latino-americanos, diz estudo 

Levantamento da Bitso entre clientes do Brasil, México, Argentina e Colômbia mostra que os brasileiros são grandes investidores de Bitcoin
Ilustração de bandeira do Brasil dentro moeda de Bitcoin

Marco Legal das Criptomoedas no Brasil foi sancionado em dezembro de 2022 (Foto: Shutterstock)

O brasileiro tem um portfólio de criptomoedas mais diversificado do que a média dos pares latino-americanos. O dado vem de um estudo que a corretora Bitso fez junto aos seus oito milhões de clientes espalhados por Brasil, México, Argentina e Colômbia. 

O cliente brasileiro da Bitso tem em sua carteira 17% de altcoins (criptomoedas que não são Bitcoin), contra 11% na média da região. Um dado notável é que 3% das reservas totais (incluindo todas as criptomoedas) dos clientes brasileiros da Bitso são em Shiba Inu (SHIB). 

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Mas a predileção pelas altcoins não diminui o apetite por Bitcoin: o brasileiro tem 58% do seu portfólio em BTC, a maior taxa entre os países analisados. A média da região no investimento da maior criptomoeda do mercado é de 53%.  

Já o oposto ocorre com a segunda maior. O brasileiro tem em média 9% de Ethereum na sua carteira, contra 20% na média da região. 

“Apesar dos desafios enfrentados pelo setor cripto, os dados que reunimos revelam que a confiança dos investidores se manteve sólida em 2023. O interesse em moedas digitais mais consolidadas, a maior diversificação dos casos de uso e a segurança de plataformas transparentes impulsionaram a adoção contínua de criptomoedas”, aponta Gabriel Alves, Vice-Presidente Global de Produto da Bitso. 

Mulheres em cripto: avanços notáveis

Embora, historicamente, dominado por homens, o setor de criptomoedas na América Latina está testemunhando um aumento na participação das mulheres, com exemplos significativos no Brasil e na Colômbia.  

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A adoção de cripto pelo público feminino aumenta ainda mais de acordo com a faixa etária. O relatório da Bitso aponta taxas notáveis de 41% entre 55 e 64 anos e 43% para 65 anos ou mais. Isso sugere uma conexão entre a idade avançada e a capacidade das mulheres de adquirir criptomoedas.