O mercado de criptomoedas continua a expandir suas raízes no Brasil, especialmente em regiões onde a inclusão financeira é mais necessária. Segundo uma pesquisa da Consensys, conduzida pelo grupo de análise YouGov, o Nordeste brasileiro lidera a adoção de criptoativos no país, com 45,3% de investidores, acima de regiões como o Sul (43,4%) e o Sudeste (40,7%).
No Brasil, 43% da população já investiu ou possui criptomoedas, superando a média global de 42%. O percentual de investidores ativos chega a 16%, com destaque para o Nordeste, que apresenta uma média superior à nacional. O estudo também destacou o potencial das criptomoedas como ferramenta de inclusão financeira.
Para 28% dos brasileiros que já investiram, a exclusão do sistema bancário tradicional foi um dos principais motivadores – um aumento impressionante de 26 pontos percentuais em relação ao ano anterior.
A conscientização sobre criptomoedas no Brasil também está acima da média global. Cerca de 96% dos brasileiros já ouviram falar sobre o tema, enquanto 56% dizem compreender o conceito, em comparação com 52% mundialmente. Além disso, 35% acreditam que as criptomoedas podem promover uma internet mais centrada na privacidade, dobrando a média global.
Impressões sobre sustentabilidade
Outro ponto relevante da pesquisa foi a percepção da sustentabilidade no mercado cripto. Enquanto globalmente 40% consideram as criptomoedas ambientalmente corretas, no Brasil esse número sobe para 56%. Bitcoin, em particular, foi apontado por 64% como a criptomoeda mais sustentável.
Olhando para o futuro, 47% dos brasileiros indicaram intenção de investir em criptomoedas nos próximos 12 meses, com esse número subindo para 70% entre aqueles que já são investidores. Essa tendência reflete um mercado em crescimento, ainda que desafiado por questões como desinformação e regulação.
Desconfiança com Big Techs
Além do entusiasmo em torno das criptomoedas, o estudo também revelou uma crescente desconfiança em relação às grandes empresas de tecnologia. Para 84% dos brasileiros, as chamadas Big Techs possuem poder excessivo, e 33% defendem a descentralização das plataformas de redes sociais. Ao mesmo tempo, 67% desejam maior controle sobre suas identidades digitais, reforçando a valorização da privacidade.
Por fim, o estudo aponta uma demanda por mudanças no sistema financeiro tradicional. Apenas 20% dos brasileiros acreditam que o sistema atual funciona bem, enquanto 40% consideram que ele precisa de melhorias significativas ou de uma reconstrução total.
Cripto é solução para desafios complexos, diz executivo
Sobre a pesquisa global, Neal Gorevic, diretor de Marketing da Consensys, afirma que a pesquisa mostra como a blockchain é vista como uma ferramenta importante para os desafios de um mundo hiperconectado e com produção massiva de conteúdo por Inteligência Artificial.
“À medida que o mundo abraça o potencial da descentralização e da criptografia, nossa indústria está pronta para apoiar e capacitar a próxima onda de usuários por meio da educação e da inovação, resolvendo alguns dos desafios mais complexos do mundo”, disse Gorevic.
Além disso, o executivo ressalta que o futuro de curto e médio prazo para cripto deve trazer boas novidades para o mercado: “O ano de 2024 foi monumental para o cripto por uma variedade de razões — mas acredito que estamos caminhando na direção certa. A recente eleição presidencial dos EUA pode levar a uma maior clareza regulatória, por exemplo”.
A pesquisa, conduzida pela Consensys em parceria com o grupo de análise e tecnologia YouGov, foi realizada de forma on-line, abrangendo um universo de mais de 18.000 entrevistados com idades entre 18 e 65 anos em 18 países da África, Américas, Ásia e Europa.
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