Brasil importou 19% a menos de criptomoedas em setembro, mostram dados do Banco Central

Acumulado de 2021 é de US$ 4,671 bilhões e pico continua sendo em maio com US$ 756 milhões
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Foto: Shuuterstock

A importação de criptomoedas por brasileiros caiu 19,8% no mês de setembro em comparação com agosto, segundo dados do Banco Central obtidos pelo Portal do Bitcoin.

Em setembro os brasileiros importaram US$ 401 milhões, sendo que em agosto o número foi de US$ 496 milhões. Por enquanto, o mês com mais compra de cripto foi maio, com US$ 756 milhões.

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Mesmo assim o patamar ainda está mais alto que no início do ano e o acumulado de 2021 é de US$ 4,671 bilhões.

Como o diretor de política monetária do BC, Bruno Serra, disse em outubro, o Brasil tem praticamente apenas um fluxo no mercado de cripto: a importação, já que a mineração é praticamente irrelevante no cenário internacional. Então, toda a compra de criptomoeda é uma importação.

O volume de setembro ainda é maior que nos meses iniciais de 2021: em fevereiro foram US$ 386 milhões e em março US$ 357 milhões.

Os dados do Bacen mostram somente operações registradas de câmbio e não a movimentação total do mercado de criptomoedas no Brasil.

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Criptoativos entram nos balanços do BC

Em agosto foi a primeira vez que o Banco Central do Brasil divulgou dados sobre importação e exportação de criptoativos nas estatísticas do setor externo.

O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse na ocasião que estava acontecendo “um aumento grande de demanda por criptomoedas”, ao participar de uma reunião do núcleo de estudos do Sistema Financeiro Nacional (Neasf) da FGV.

Campos Neto disse que naquele momento haviam cerca de US$ 40 bilhões (R$ 209 bilhões) em criptomoedas nas mãos de cidadãos brasileiros.