Fachada da B3, a bolsa de valores do Brasil, em São Paulo
Foto: Shutterstock

A Bolsa de Valores brasileira, B3, estuda iniciar este ano a negociação de ativos após o horário normal do pregão do mercado, que hoje funciona entre 10h e 18h, com dois contratos futuros passando a ser negociados durante a noite. Seriam eles o contrato de Ibovespa e o de Bitcoin (BTC).

Em encontro com jornalistas, o presidente da Bolsa, Gilson Finkelsztain, disse que a ideia é que passe a ocorrer um pregão noturno, que teria início entre 18h e 19h, e se encerraria entre 21h e 22h. A proposta precisa ser aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

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“Tem muita gente que gostaria de operar no final do dia. Acho que tem um certo represamento de algumas operações. No final do dia, é um teste. Aumenta custo, aumenta risco. Temos que testar se vai ser bom ou ruim para a liquidez”, disse o executivo na quinta-feira (18).

Segundo ele, a demanda pela negociação noturna de ativos surgiu do investidor de varejo, ou seja, pessoa física.

“São dois produtos [futuros de Ibovespa e Bitcoin] que já poderiam fazer um teste com o investidor para o horário estendido”, disse Finkelsztain, que comentou ainda que existe o interesse do mercado da ampliação de horário de negociação do futuro de câmbio.

“Para poder se adequar a operar fora depois do mercado há um custo e um contrato como câmbio é muito relevante para alguns participantes que talvez tivessem uma dificuldade para operar nesse horário”, explicou.

O presidente da B3 ainda afirmou que foi discutida a ideia de aumentar em uma hora o pregão normal da Bolsa. Essa é uma discussão que já existe há anos no mercado financeiro, com alguns defendendo uma melhor adequação aos horários de negociação no exterior, enquanto outros dizem que não haveria muita diferença e o volume acabaria sendo o mesmo, apenas diluído pelo maio tempo de pregão.

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Desde 2022 a Bolsa de Valores fala em lançar a negociação de contratos futuros de Bitcoin no mercado brasileiro, mas até o momento isso não aconteceu. Após ter um primeiro pedido negado pela CVM, a B3 disse em junho passado que o lançamento ocorreria no terceiro trimestre de 2023, o que também não se concretizou.

Na ocasião, a Bolsa falou ao Estadão dizendo que o futuro de BTC ainda carece de aprovação da CVM e que “a comunicação de lançamento do produto pela B3 será realizada com pelo menos 1 mês de antecedência para que o mercado possa se preparar”.

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