A London Stock Exchange (LSE), maior bolsa de valores da Europa, anunciou nesta semana os planos de se tornar a primeira grande bolsa de valores a usar a tecnologia blockchain para oferecer uma extensa gama de negociações de ativos financeiros tradicionais. As informações são do jornal britânico Financial Times.
Ao anunciar a novidade, a bolsa de valores de Londres ressaltou que ainda não existe um plano de trabalhar com criptoativos em si, apenas de usar a tecnologia de registros que ficou famosa com o surgimento do Bitcoin. Na visão da empresa, a blockchain tem potencial de trazer eficiência na compra, venda e manutenção de ativos tradicionais.
Murray Roos, o diretor de mercados de capitais da LSE, disse ao Financial Times que o grupo examinava o uso da tecnologia blockchain nos seus negócios há cerca de um ano, até decidir que fazia sentido seguir adiante com os planos.
“A ideia é usar a tecnologia digital para tornar um processo mais ágil, suave, barato, transparente e regulamentado”, disse Roos, que ressalta que os novos serviços não serão concorrentes dos negócios tradicionais da LSE.
“Estamos muito comprometidos com os mercados de ações de Londres. O que estamos buscando fazer é continuar a fazer o que Londres sempre fez e continuar a inovar”, acrescentou.
Os benefícios da blockchain
Para exemplificar como o uso da tecnologia blockchain pode facilitar a negociação de ativos financeiros tradicionais, Roos citou uma transação envolvendo um comprador suíço, um ativo japonês e um vendedor americano. Para o executivo, seria “muito difícil” fazer isso apenas com uma tecnologia mais antiga, sendo que essa negociação poderia ser facilmente realizada através da blockchain.
O objetivo da LSE é ter o primeiro mercado em funcionamento na blockchain já no próximo ano, sujeito à aprovação dos reguladores, que já estão sendo consultados pela empresa.
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