Antes de começar, esse texto não é para negar a queda atual do mercado cripto e nem diminui-la, mas se faz necessário em meio a tanto alarmismo criado por algumas pessoas.
Conforme publicado ontem no Portal do Bitcoin, janeiro de 2018 foi o sétimo pior mês da história do bitcoin. Fevereiro começou e a queda continuou, levando o bitcoin a ser negociado próximo dos R$ 23.000 no Brasil e US$ 7.500 nas principais exchanges do mundo.
Levando em conta o topo de preço de US$ 20.000, atingido pelo bitcoin em meados de dezembro, o preço atual representa uma queda de mais de 60% em pouco menos de dois meses.
Como estávamos há exatos 1 ano atrás
O valor de mercado total das criptomoedas em 2 de fevereiro de 2017 era de apenas US$ 20 bilhões. Atualmente, mesmo com a queda, onde algumas pessoas estão afirmando que a bolha estourou e não tem mais volta, o mercado encontra-se com uma valorização de 1.700%, em US$ 360 bilhões. No início de janeiro, esse valor chegou a US$ 835 bilhões.
Como afirmado, estamos passando sim por um momento de forte queda, mas é necessário aumentar um pouco o escopo de visão e olhar de onde o mercado veio e onde está agora. Não deve-se focar nos últimos trinta ou sessenta dias. Se o bitcoin caísse 90% a partir do seu topo, ainda assim estaria o dobro do preço de apenas um ano atrás.
Altcoins
Quando se fala do mercado de altcoins, a coisa fica ainda mais expressiva. O mercado de criptomoedas alternativas no início do ano passado representava apenas US$ 2 bilhões. Atualmente, mesmo com a queda, esse mercado vale US$ 216 bilhões, tendo chegado a US$ 546 bilhões.
Gigantes atuais como Bitcoin Cash e Cardano nem existiam e hoje, juntas, representam US$ 30 bilhões. A Ethereum, que tinha apenas US$ 1 bi, atualmente tem US$ 88 bi. O mesmo vale para diversas outras criptos.
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Mercado
A infraestrutura por trás do mercado é enorme perto do que tínhamos em 2015 e 2016. O mercado ainda é sim bastante especulativo mas a quantidade de empresas criando bases no blockchain e nas criptomoedas como um todo cresce a cada dia.
Novas formas de pagamento, tokenização de ativos, empréstimos, contratos inteligentes, segurança digital. Isso é só o começo.
Afinal, é bolha?
O mercado pode sim estar em uma bolha, mas para considerar ela como estourada, ainda vai ter que cair muito mais, não acha? Como mostrado acima, ainda continuamos 1.700% acima do que era apenas 1 ano atrás.
Na bolha da internet, diversas empresas implodiram e viraram pó. O mesmo pode acontecer sim com algumas criptomoedas e empresas que estão se tokenizando. Mas isso não significa o fim do mercado cripto. Pelo contrário, eu vejo como um passo necessário para o amadurecimento do mercado.
Do mesmo jeito que empresas acabaram, gigantes como Google, Amazon e diversas outras surgiram na mesmo época e hoje são empresas que não conseguiríamos viver sem.
Como afirmado por alguns, bitcoin não é a bolha, é a agulha.