O Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) vai começar a usar uma moeda virtual em suas operações em conjunto com o banco desenvolvimento alemão KfW, de acordo com o jornal O Globo. A nova criptmoeda, ainda sem nome, busca melhorar o processo de rastreamento do dinheiro que o banco empresta.
A reportagem afirma que o sistema, batizado de TruBudget, é fruto de uma parceria entre as duas entidades, embora o KfW já estivesse desenvolvendo a tecnologia e testando em países africanos desde a metade do ano passado, conforme o site Development Finance.
De qualquer maneira, o sistema será usado para o pagamento de fornecedores nos projetos apoiados pelo banco, como por exemplo, projetos do Fundo Amazônia, que é gerido pelo BNDES mas recebe dinheiro de organizações internacionais.
Blockchain Nutella
Conforme o jornal, o sistema vai funcionar como uma carteira de pagamentos eletrônica na qual o banco vai repassar os pagamentos em criptomoedas para os fornecedores, que depois converterão em dinheiro ‘real’.
O BNDES afirma que todo o caminho do dinheiro ficará registrado na plataforma, que usa uma tecnologia Blockchain, mas que, ao contrário do Bitcoin, os nomes não serão anônimos.
Especialistas em criptomoedas, porém, dizem que o sistema é diferente, pois é como se fosse um banco de dados privado e controlado pelas partes, enquanto o blockchain ‘raiz’ é sempre imutável, descentralizado e transparente.
Ao Development Finance, o membro do departamento de inovação do KfW Jure Zakotnik disse que a tecnologia aumenta a transparência de dados e processos entre todos os parceiros — tanto doadores quanto países em desenvolvimento.
“Permite que qualquer um valide e rastreie como e com qual propósito os fundos estão sendo usados”, disse.
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