A Binance Coin (BNB) continua forte em sua fase de alta ao registrar nesta segunda-feira (12) uma nova máxima histórica de US$ 637 (R$ 3,594). Apenas nas últimas 24 horas, o BNB subiu 23%, segundo dados do CoinMarketCap.
A criptomoeda da exchange Binance é uma das que mais crescem nos últimos meses. No período de uma semana, o BNB praticamente dobrou de preço e ao longo de 2021, já acumula uma valorização de 1.430%.
Neste ritmo de crescimento, sua capitalização de mercado aumentou em US$ 17 bilhões em um único dia, chegou a um total de US$ 89 bilhões, o que garantiu ao ativo uma posição confortável no terceiro lugar entre as maiores criptomoedas do mercado, atrás apenas do Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH).
Assim como o BNB viu a maior alta entre os 100 maiores criptoativos do mercado nesta segunda-feira, grande parte das altcoins iniciam a semana no verde. O Ether, por exemplo, bateu hoje um novo recorde de preço: US$ 1,299.
Novo espaço no mercado
O ecossistema da Binance aproveitou o congestionamento na rede Ethereum — a mais popular no mundo das finanças descentralizadas — para conquistar espaço no mercado tanto para sua criptomoeda, quanto para a sua rede DeFi.
Uma vez que o BNB é integrado às aplicações da Binance Smart Chain (BSC), o ativo passou a ser usado por um grande número de investidores que migraram para o espaço descentralizado.
A rede da Binance foi lançada em setembro de 2020 para concorrer no mercado das aplicações descentralizadas. Com a oferta de taxas mais baratas e velocidade na rede, a BSC virou casa de projetos importantes como o PancakeSwap (CAKE) — ativo que cresceu 3.670% neste ano.
Outros projetos, que se encaixam mais na categoria de scamcoins, também vem ajudando a bombar a blockchain criada pela Binance. Nos últimos tempos, alguns projetos entraram em destaque no mercado brasileiro como tokens de bichos, objetos e até de comida.
Rede da Binance é alvo de críticas
Apesar disso, a rede não está livre de críticas que se baseiam principalmente na sua suposta descentralização. Dessa vez, analistas da empresa de dados Messari compararam a BSC como uma cópia centralizada do Ethereum.
“A razão pela qual o BSC é mais rápido e escalável não é por causa de alguma inovação tecnológica mágica. Não, é a mágica da centralização. BSC é uma bifurcação Ethereum com um conjunto de validadores centralizado. É isso. Nada mais.”, disse Ryan Watkins.
Já o pesquisador Wilson Withiam disse que o problema da centralização reside nos participantes responsáveis por validar a rede. Hoje a BSC conta com 21 validadores ativos, “o que a torna mais centralizada do que a maioria das plataformas”, escreveu.
O conjunto de validadores é escolhido pela Binance Chain, uma rede gerenciada por 11 participantes que teriam “laços estreitos” com a Binance.