A plataforma de criptomoedas Blockchain.com anunciou nesta quinta-feira (12) a demissão de 28% de seus funcionários, o que equivale a 110 trabalhadores. As informações são do portal Coindesk.
A reportagem recebeu um posicionamento da corretora, que afirma que está em em um processo de correção de curso diante dos “ventos contrários” do bear market e justifica: “Para equilibrar melhor as ofertas de produtos com a demanda, tomamos a difícil decisão de reduzir os custos operacionais e o número de funcionários para redimensionar a empresa.”
Essa é a segunda onda de cortes que a empresa faz nos últimos tempos. Em julho do ano passado, a Blockchain.com já havia demitido 150 pessoas, cerca de 25% do quadro de funcionários no momento, e interrompeu uma estratégia de expansão global. Naquele momento, 44% dos demitidos eram da operação na Argentina.
Um grande golpe na empresa foi o fato de ter emprestado US$ 270 milhões para a gestora de fundos de investimento cripto Three Arrows Capital (3AC). A firma, que chegou a gerir US$ 10 bilhões, entrou com um pedido de falência e a dívida com a Blockchain.com virou uma longa batalha judicial.
A Blockchain.com, que é uma das companhias mais antigas do setor cripto, tem sede na Ilhas Cayman e opera globalmente.
Demissões no setor cripto
O setor das criptomoedas vem sofrendo com ondas de demissões. A Coinbase, a segunda maior do mundo, anunciou novas demissões de funcionários nesta terça-feira (10), citando como motivo “as condições de mercado que afetam a criptoeconomia”.
Em um registro feito junto à SEC, a CVM dos EUA, a corretora disse que essa reestruturação vai reduzir o número de funcionários da empresa em aproximadamente 950. O custo para fazer isso, contabilizando os pacotes de indenização, pode chegar a US$ 163 milhões.
Espera-se que as demissões sejam concluídas até o segundo trimestre de 2023.
“Tomei a difícil decisão de reduzir nossas despesas operacionais em cerca de 25%, o que inclui dispensar cerca de 950 pessoas. Todos os membros da equipe afetados serão informados até”, escreveu o CEO Brian Armstrong no blog da empresa.
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