Bitso, Foxbit, Mercado Bitcoin (MB) e Cainvest, gigantes do mercado cripto nacional, anunciaram nesta segunda-feira (7) a criação de um consórcio para lançar a BRL1, uma stablecoin pareada ao real, nas principais redes.
O novo criptoativo estará disponível nas exchanges ainda este ano, com o objetivo de facilitar as transações entre as plataformas da aliança e proporcionar uma experiência mais rápida e fluida para seus clientes.
Apesar de competidoras naturais no mercado, as três exchanges uniram esforços para promover o crescimento do ecossistema cripto brasileiro. “Nossa prioridade é desenvolver o mercado de ativos digitais no Brasil, e acreditamos que a colaboração é a chave para alcançar esse objetivo”, afirma Fabrício Tota, Diretor de Novos Negócios do MB.
O quarto integrante do consórcio é a Cainvest, reconhecida como líder em serviços financeiros para instituições bancárias nas Ilhas Cayman, representando 60% do mercado bancário local, e hoje a maior provedora de liquidez para o mercado institucional de criptomoedas no Brasil.
Além de agregar ao consórcio seu vasto know-how bancário, a Cainvest também fornecerá liquidez nos pares BTC e ETH que serão listados contra a BRL1 nas três exchanges, assim como outros pares a serem futuramente listados.
“Estamos totalmente comprometidos em desenvolver a infraestrutura necessária para o mercado cripto brasileiro, e a criação desta stablecoin por meio de um consórcio é um passo importante nesta jornada”, diz Charles Aboulafia, CEO da Cainvest.
“A criação conjunta do BRL1 é um passo natural em um ambiente cripto maduro como o brasileiro”, diz Ricardo Dantas, CEO da Foxbit. Segundo o executivo, em um cenário desafiador para novas tecnologias, onde ainda há fricção entre o ecossistema cripto e o sistema financeiro tradicional, “essa stablecoin tem o potencial de ser o principal catalisador e redutor dessa fricção”.
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O consórcio tem a expectativa de chegar a um volume de 100 milhões de BRL1 emitidos em um ano, cooperando com outras iniciativas como o Drex, complementa o executivo.
A stablecoin, implementada inicialmente nas redes Ethereum e Polygon, é integralmente lastreada em reais e títulos do governo brasileiro, com a primeira emissão de R$ 10 milhões.
“Essa configuração proporciona uma camada extra de segurança e estabilidade para nossa stablecoin, algo que ainda não fora atingido por iniciativas similares. Estamos construindo todos os detalhes deste projeto com muito cuidado para que a BRL1 beneficie o máximo de pessoas e empresas que operam no Brasil e explore o potencial das stablecoins em promover transações locais e pagamentos internacionais mais baratos, rápidos e transparentes”, diz Bárbara Espir, country manager da Bitso no Brasil.
O consórcio contará com parceiros estratégicos como a Fireblocks, que proverá a tecnologia para tokenização e custódia da stablecoin. “Estamos orgulhosos de apoiar a criação do BRL1, fornecendo a infraestrutura de tecnologia segura de tokenização e de custódia para esta iniciativa”, disse Michael Shaulov, CEO e cofundador da Fireblocks.
“Esta colaboração é um marco significativo na evolução do mercado de ativos digitais brasileiro e estamos entusiasmados em contribuir para o desenvolvimento de um ecossistema de ativos digitais estável, transparente e eficiente, ao mesmo tempo que promove maior confiança e inovação no espaço.”
Reconhecida na indústria por sua expertise em segurança e infraestrutura para ativos digitais, a Fireblocks participou de diversos projetos de tokenização de moedas em diversos países: Colombia, Austrália, EUA, México, Japão, assim como está envolvida em projetos de CBDC ao redor do globo.
Além disso, o escritório Pinheiro Neto Advogados, referência como legal advisor no segmento cripto, é o assessor jurídico do projeto, garantindo conformidade regulatória em todas as etapas.
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