A BitMEX foi punida com uma multa de US$ 100 milhões na quarta-feira (15) pelo juiz federal de Manhattan, John G. Koeltl — o mais recente veredicto contra a exchange de criptomoedas na saga de anos sobre violações de lavagem de dinheiro nos Estados Unidos.
Os advogados da exchange argumentaram que uma multa anterior de US$ 110 milhões e confissões de culpa anteriores eram punição suficiente para as violações ocorridas entre 2015 e 2020, mas Koeltl discordou, de acordo com o portal Law360.
Os fundadores Arthur Hayes e Benjamin Delo já haviam se declarado culpados em 2022 de acusações semelhantes, tendo cada um concordado com uma multa criminal de US$ 10 milhões. Em uma declaração na quarta-feira, a BitMEX disse que o veredicto representava uma penalidade menor do que a buscada anteriormente pelo governo dos EUA, mas que discordava que a multa fosse necessária.
“Esse processo se arrasta há anos, durante os quais o DOJ primeiro solicitou mais de US$ 200 milhões em dinheiro novo para fechar um acordo — depois que recusamos essa oferta ridícula, eles então solicitaram uma penalidade de aproximadamente US$ 420 milhões nos procedimentos de sentença”, diz o comunicado.
Acrescentou que a exchange havia “implementado melhorias significativas, incluindo um programa de verificação de usuários de primeira classe e sistemas KYC e AML abrangentes” antes de as primeiras acusações serem apresentadas em 2020.
A CFTC primeiro entrou com uma ação de lavagem de dinheiro e outras acusações civis contra a BitMEX por operar ilegalmente nos EUA.
Ao mesmo tempo, o Procurador dos EUA para o Distrito de Nova York também entrou com ações criminais contra os proprietários da exchange — Arthur Hayes, Ben Delo e Samuel Reed — por supostamente conspirar para violar a Lei de Sigilo Bancário.
Na época, os agentes federais alegaram que a exchange não havia verificado corretamente as identidades das pessoas que negociavam em sua plataforma, recebendo milhões de dólares de clientes nos EUA.
Em 2021, a BitMEX pagou US$ 100 milhões em penalidades civis depois que a Financial Crimes Enforcement Network dos EUA, ou FinCEN, alegou que a liderança sênior da exchange “alterou as informações de clientes dos EUA para ocultar a verdadeira localização do cliente”.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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