O preço do Bitcoin (BTC) não sofreu muita alteração após o Fed, o Banco Central dos EUA, anunciar um aumento de 0,50 ponto percentual na tarde desta quarta-feira (14). Com a elevação, a sétima consecutiva no ano, a taxa passa ao intervalo entre 4,25% e 4,50%, comentou o Estadão.
No momento da escrita, o BTC é negociado em US$ 17.818.65, de acordo com dados na plataforma CoinMarketCap; no Brasil, a maior criptomoeda do mercado é cotada em R$ 95.813,94, segundo dados o IPB.
No entanto, o preço do BTC bateu a casa de US$ 18.000 pela primeira vez desde que a exchange de criptomoedas FTX explodiu. Por volta das 14h desta quarta, o BTC se mantinha em alta de 1,77% no período de 24 horas e 7,70% no decorrer dos últimos 7 dias, sendo cotado em US$ 18.113 — em real R$ 95.959.
Segundo o Decrypt, a última vez que o Bitcoin negociou tanto foi em 8 de novembro — o dia em que a bomba FTX caiu. Desde então, vinha oscilando entre US$ 16.000 e US$ 17.000.
No início de novembro, as coisas estavam melhorando para o ativo, sendo negociado acima de US$ 21.000 e com tendência de alta. Então as coisas mudaram.
A FTX, que já foi uma das maiores exchanges de ativos digitais do planeta, faliu no mês passado, derrubando grandes empresas de criptomoedas como a BlockFi, bem como os preços das criptomoedas.
Após a notícia de seu colapso, os investidores correram para obter ativos voláteis, trazendo mais caos para o que já era um mercado muito volátil este ano.
O Bitcoin atingiu uma mínima de dois anos após a notícia, e o mercado demorou a se recuperar à medida que o contágio se espalha para empresas como a Genesis, um credor de criptomoedas de propriedade da gigante digital Digital Currency Group .
Embora esta recente valorização, o Bitcoin ainda está sofrendo com o brutal mercado de baixa deste ano: em novembro do ano passado, o BTC valia 73% a mais do que agora — quando atingiu US$ 69.044.
O Ethereum, o segundo maior ativo digital, também está em alta hoje: os dados da CoinGecko mostram que está sendo negociado por US$ 1.318, um aumento de 6% nos últimos sete dias.
No entanto, outras criptomoedas não estão indo muito bem. Dogecoin, por exemplo, o nono maior ativo digital por capitalização de mercado, caiu mais de 9% na semana passada, com preço de US$ 0,09.
Bitcoin e outras grandes criptomoedas seguiram em grande parte as ações dos EUA este ano porque são consideradas ativos de maior risco.
Quando o Federal Reserve aumentou as taxas de juros para controlar a inflação, os investidores geralmente venderam ações dos EUA, bem como Bitcoin e outros ativos digitais.
E hoje não é diferente: o S&P 500 e o Nasdaq 100 estão em alta na esperança de que o Fed provavelmente anuncie em uma reunião que vai diminuir o ritmo dos aumentos das taxas de juros.
*Com informações do Decrypt.
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