O preço do Bitcoin atingiu uma alta de três semanas na sexta-feira (23), estendendo os ganhos até o fim de semana, já que os traders permaneceram otimistas em relação a vários ventos favoráveis esperados para os próximos meses.
Isso inclui a decisão do Federal Reserve dos EUA de encerrar seu regime de aumento de taxas, que atingiu o pico em julho do ano passado com uma meta de 5,25% a 5,5%.
Outros ventos favoráveis incluem o resultado da eleição presidencial dos EUA em novembro, com os candidatos Donald Trump e Kamala Harris provavelmente decidindo a direção da política cripto nos EUA.
Na semana passada, o presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, deu a entender que haverá cortes nas taxas no próximo mês, indicando que o banco central dos EUA está satisfeito com o arrefecimento da inflação e cada vez mais focado na crescente fraqueza do mercado de trabalho.
A retórica ajudou a elevar o preço dos ativos de risco, inclusive as criptomoedas, com o Bitcoin, ativo emblemático, subindo acima de US$ 62 mil pela primeira vez desde 2 de agosto.
O Bitcoin subiu ainda mais no fim de semana, atingindo a máxima um pouco abaixo de US$ 65 mil, antes de cair de volta aos níveis atuais, perto de US$ 64 mil, segundo dados do CoinGecko.
Dados favoráveis do mercado de trabalho dos EUA aumentaram as convicções dos investidores de que o banco central provavelmente cortaria as taxas em setembro.
“A Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos revisou 818 mil empregos; ou seja, novos empregos que foram relatados nos dados da folha de pagamento não agrícola dos meses anteriores”, disse Ryan McMillin, diretor de investimentos da gestora de fundos cripto Merkle Tree Capital, ao Decrypt.
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“Esses dados foram fundamentais para sustentar a narrativa do ‘mercado de trabalho aquecido’, mas parece que isso nunca aconteceu”, disse ele, acrescentando que a pressão de venda do governo da Alemanha e dos EUA, bem como da Mt. Gox e da Genesis, também parece estar no passado.
“Essa configuração poderia fazer com que o Bitcoin superasse sua fraqueza histórica de setembro e potencialmente atingisse um novo recorde histórico; após seis meses de negociações laterais, uma forte recuperação parece cada vez mais provável antes do final do ano”, disse o especialista.
O Bitcoin tem oscilado entre US$ 49 mil e US$ 71 mil desde o final de fevereiro, após a decisão da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) de dar luz verde a vários fundos negociados em bolsa (ETFs) vinculados ao ativo e a subsequente queda da exuberância do mercado.
O sentimento de McMillin foi ecoado pela QCP Capital, que escreveu em uma nota aos investidores na sexta-feira que o Bitcoin voltou a ser negociado “confortavelmente na faixa familiar de US$ 61 mil a US$ 70 mil”.
A oferta de vendas está “se esgotando lentamente”, e os ETFs de Bitcoin à vista testemunharam entradas líquidas em dez dos últimos 12 dias, disse a QCP, aludindo à recente preferência dos investidores pelo ativo.
A alta de sexta-feira foi “em sua maior parte impulsionada pelo mercado à vista”, disse a QCP, acrescentando que o mercado “deve esperar um aumento nas posições longas de alavancagem” se o preço de US$ 62 mil se mantiver com a rápida aproximação do fim das férias de verão.
Isso significa que o mercado poderia ver os traders tomando fundos emprestados para aumentar seu investimento, apostando que o preço do ativo subirá.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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