No mesmo dia em que o bitcoin atingiu o marco de R$ 100 mil, o gestor do fundo de investimentos Versa, Luiz Fernando Alves, fez uma série de postagens no Twitter no qual criticou o que ele classifica de “mania” em torno da criptomoeda. Pouco tempo depois, a maior parte das mensagens foi apagada.
“Essa alucinação só mostra que não serve pra nada. Imagina se fosse a moeda de um país? É tão útil quanto um bulbo de tulipa, a diferença é o século que está inserido”, escreveu.
Alves faz referência à bolha das Tulipas que assolou a Holanda no século XVII no qual o ativo teve uma grande valorização especulativa para, mais tarde, passar a valer nada.
“A galera vê uma ‘coisa’ subir 75% em 2 meses, em linha reta, sem explicação, e acha que tá tudo bem, faz sentido, é normal. Enchem o peito pra dizer que estavam certos sem entender porque existe ou pra que serve essa ‘coisa'”, afirmou.
Para ele, a alta do bitcoin é causa pelos seguintes fatores: muita liquidez no mundo, crime organizado cada vez mais lucrativo, trafico de drogas rendendo fortunas e mania.
“Tudo isso gera demanda por essa ‘coisa’ que não serve pra nada. Tão reserva de valor quanto um bulbo de tulipa nos anos 1600”, disse.
Em debate na timeline do Twitter, ele também reforçou sua defesa do porque ele julga o ouro como superior ao bitcoin:
“Ouro vira jóia, enfeite, que assim como uma roupa gera valor aspiracional. Além disso é um dos melhores condutores de energia elétrica, sendo usado em componentes eletrônicos. Outra coisa. Além disso quem vai transacionar alguma coisa em uma moeda que pode oscilar 75% do nada?”
A crítica de Alves não é nova. Durante a alta de 2017, a comparação com o caso das tulipas foi recorrente.