Bitcoin consome mais energia do que a Argentina inteira, mostra estudo

Gasto energético da mineração de Bitcoin é alto e preocupa ambientalistas
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A energia consumida anualmente pelo Bitcoin (BTC) é maior do que aquela utilizada por toda a Argentina, de acordo com uma estimativa do Centro das Finanças Alternativas da Universidade de Cambridge (Inglaterra). O estudo estima que a criptomoeda consome 121,36 TWh (terawatt-hora) por ano. Os argentinos, por sua vez, consomem 121 TWh no mesmo período. Enquanto isso, quem lidera o ranking é a China, que gasta 5.564 THw a cada ano.

Gasto de energia do Bitcoin em comparação aos países (Cambridge)

O gasto energético provocado pelo Bitcoin preocupa os estudiosos ambientais. Em primeiro lugar, o consumo energético da criptomoeda está crescendo, ao lado da sua popularidade. Além disso, o aquecimento global está dificultando a utilização de energias renováveis pelos mineradores. A razão é a queda da disponibilidade de energia hídrica em regiões da China, que é o país que mais abriga mineradores.

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Nesse sentido, em 2020, 76% dos mineradores afirmaram utilizar energia renovável. Contudo, o Centro de Cambridge estima que apenas 39% do consumo total dos mineradores de criptomoedas do mundo esteja ligado às fontes renováveis.

Gasto com mineração está crescendo

O consumo de energia dos mineradores de Bitcoin aumentou desde o final do ano passado, de acordo com os cálculos de Cambridge. Esse aumento coincide com a disparada no preço da criptomoeda. Com a valorização, o ativo ganhou novos investidores, conforme mostram os dados da glassnode.

Esse fenômeno causou um aumento no número de transações, o que culminou em mais trabalho para os mineradores. A demanda aumentada da rede, por sua vez, está provocando o aumento no gasto energético da criptomoeda.

A blockchain do Bitcoin gasta energia para ser processada porque utiliza um sistema de consenso para validar as transações na rede, que é a prova de trabalho (proof of work, em inglês). A prova de trabalho exige que os mineradores resolvam problemas matemáticos para adicionar novos blocos à blockchain da criptomoeda.

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A solução das equações demanda um esforço computacional significativo, que se traduz em consumo de energia. A dificuldade de mineração aumenta com o passar dos anos. Isso ocorre porque há cada vez menos moedas disponíveis para mineração, bem como cada vez mais mineradores disputando espaço no mercado.