Na manhã desta sexta-feira (15), o Bitcoin (BTC) deu um novo impulso no seu rali de preço e superou a barreira dos US$ 59 mil pela primeira vez desde maio.
A criptomoeda líder do mercado saltou de US$ 56.900 para um pico de US$ 59.924 na madrugada, segundo o CoinMarketCap. Por muito pouco o bitcoin não ultrapassou também os US$ 60 mil, nível onde encontra seu recorde de preço de US$ 64.860, alcançado em abril.
A última vez que o bitcoin esteve tão perto da sua máxima histórica foi em maio. Naquela época, no entanto, a onda de repressão do governo chinês ao mercado cripto contribuiu para a queda da moeda.
Cinco meses depois, o bitcoin volta a crescer em um mês historicamente positivo para as criptomoedas, e diminui para 8,6% a sua distância do recorde de preço.
Nesta manhã, o BTC está valendo cerca de US$ 59.200, em alta de 2,6% nas últimas 24 horas. No Brasil, o criptoativo é negociado nas corretoras em torno de R$ 326 mil, segundo o Índice do Portal do Bitcoin.
Possível chegada de ETF de bitcoin nos EUA
O que parece ter provocado a reação positiva no preço do bitcoin foi uma notícia da Bloomberg publicada no fim da noite de quinta (14) que sinalizou que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) está preparada para aprovar na semana que vem o primeiro ETF de bitcoin do país.
Os reguladores estão no momento analisando cerca de 40 pedidos de ETFs relacionados a criptomoedas, vários com o prazo final de decisão prestes a encerrar.
Conforme fontes familiarizadas ao assunto contaram à Bloomberg, o sinal verde da SEC é para produtos baseados em futuros de bitcoin. O veículo apontou que os ETFs da ProShares e da Invesco podem ser aprovados e já disponibilizados para negociação na bolsa na próxima semana.
Um ETF de bitcoin é um produto que há tempos as empresas do setor tentam lançar no mercado, mas não conseguiam obter aprovação até então devido a resistência da SEC.
Agora que os reguladores parecem finalmente prontos para aceitar uma proposta, o preço do bitcoin reage de forma positiva a perspectiva de que em breve, investidores mais tradicionais poderão se expor às criptomoedas pela bolsa de valores, sem precisar fazer a compra direta dos ativos.
Outro sinal que animou o mercado foi um tweet publicado pelo perfil de educação financeira oficial da SEC, no qual a entidade aconselhou: “antes de investir em um fundo que detém contratos futuros de Bitcoin, certifique-se de pesar cuidadosamente os riscos e benefícios potenciais”. Na mensagem, o link para um boletim que aborda investimentos em bitcoin também foi divulgado.