O Bitcoin (BTC) atingiu nesta quarta-feira (17) a chamada “cruz de ouro” no gráfico semanal pela primeira vez na história, o que pode ser um sinal otimista para o futuro da criptomoeda.
A “cruz de ouro” é uma figura gráfica registrada quando a média móvel de 50 períodos — normalmente é utilizado um padrão em dias — de um ativo supera a média móvel de 200 períodos. A diferença desta vez é que foi a média móvel de 50 semanas que superou a de 200 semanas.
Esse movimento é o oposto da “cruz da morte“, que é quando a média móvel mais curta fica abaixo da mais longa. Para muitos traders, esses cruzamentos gráficos são sinais do que esperar para o preço do Bitcoin, mas os dados históricos mostram que não há garantia de nada.
De acordo com o CoinDesk, alguns analistas entendem que os cruzamentos das médias são baseados em dados passados e por isso não influenciam o futuro. Neste caso, por exemplo, a primeira “cruz de ouro” semanal é resultado da valorização do Bitcoin de mais de 70%, para US$ 42.700, nos últimos quatro meses.
Por isso, alguns traders consideram as “cruzes” como indicadores de atraso, muitas vezes coincidindo com o esgotamento de uma tendência. Por exemplo, a “cruz da morte” semanal confirmada no início de 2023 marcou o fundo do mercado de baixa da criptomoeda.
Histórico misto
Olhando para o caso dos cruzamentos em gráficos diários, a história mostra que as expectativas de alta ou baixa após a formação de uma “cruz” não são precisas.
Até hoje o BTC registrou nove vezes a “cruz de ouro” nas médias diárias, mas em três delas o movimento foi invalidado três meses depois com o registro de uma “cruz da morte“. Enquanto isso, em outras três ocasiões o Bitcoin, 12 meses após atingir a “cruz de ouro”, registrava valorização de mais de 100%.
O Bitcoin apresentou várias semanas de alta considerável na expectativa da aprovação dos ETFs à vista, mas desde que os fundos começaram a ser negociados, na quinta-feira passada, a criptomoeda acumula forte desvalorização.
Após chegar aos US$ 49 mil por um breve momento na semana passada, o BTC recuou para menos de US$ 42 mil e agora parece ter encontrado, pelo menos por enquanto, um patamar de estabilidade, mais próximo de US$ 43 mil.
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