A corretora Binance levantou a fúria de parte da comunidade cripto após bloquear US$ 1 milhão em criptomoedas do usuário “TezosBakingBad”, um conhecido colaborador de ferramentas da blockchain Tezos.
Na quinta-feira (25), ele contou aos seguidores no Twitter que sua conta corporativa estava congelada desde o dia 1º de julho, sem que a corretora lhe fornecesse qualquer explicação sobre o bloqueio.
“Hoje todos os nossos saldos foram zerados (mais de US$ 1 milhão). Temos todos os materiais para iniciar a investigação e informar a comunidade, mas por enquanto fique longe da Binance e CZ”, disse o tuíte acompanhado por um print com os balanços de BTC, ETH, XTZ, USDT, e outros tokens mantidos por ele na plataforma.
A Binance, no entanto, foi se defender no Twitter e explicar as razões do bloqueio. Na sua resposta, a corretora explicou que estava apenas seguindo ordens das autoridades.
“A conta em questão foi restringida como resultado de uma solicitação de aplicação da lei, da qual @TezosBakingBad está bem ciente, pois ele já foi avisado disso várias vezes e forneceu o formulário de contato através do nosso sistema de chat de suporte em 7/6, 7/12 e 7/22.”
The account in question was restricted as the result of a law enforcement request, which @TezosBakingBad is well aware of, as he was already advised of this multiple times and provided the LE contact form through our support chat system on 7/6, 7/12, and 7/22.
— Binance (@binance) August 25, 2022
Depois disso, o usuário contra-atacou, dizendo que embora ele tenha preenchido tais formulários, não recebeu nenhuma resposta da corretora após passar o prazo de 20 dias. “Então parece que eles [autoridades] não têm nada a ver com isso e a decisão é de Binance”.
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Mais uma vez, a Binance defendeu que estava seguindo suas obrigações e que tinha “controle zero” sobre o processo de desbloqueio.
Bloqueios na Binance
Diferente do caso acima, em que a Binance alega ter uma ordem judicial para restringir a conta do cliente, bloqueios parecidos aconteceram no Brasil no mês passado, quando alguns investidores foram impedidos de sacar dinheiro da corretora.
Para voltar a ter essa operação disponível na conta, usuários tiveram que preencher uma espécie de “declaração de riqueza”, na qual a corretora pedia dados sobre suas situações financeiras.
Entre as informações que o investidor deveria fornecer estava o valor da renda anual, qual vínculo empregatício possuía, para qual empresa trabalhava, além do valor de todos os ativos que possuía como riqueza, bem como a forma que foi capaz de acumular tal patrimônio ao longo do tempo.
Em alguns casos, a Binance também enviava ao usuário uma lista de transações feitas na plataforma pedindo que ele explicasse qual era o motivo de ter feito tais movimentações.
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