BC se mostra pessimista em atualização sobre Drex: “Soluções testadas apresentam limitações”

Balanço da primeira fase do piloto do Drex aponta que existem limitações em questões de anonimato e programabilidade dos tokens
logo do drex em celular e notas de real ao fundo

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O Banco Central (BC) publicou nesta quarta-feira (26) o relatório técnico sobre a primeira fase do Piloto Drex e as conclusões não são otimistas. O órgão reforçou que os problemas de anonimização de dados ainda é um desafio a ser superado e que também existem limitações no controle do fluxo e programabilidade dos tokens. 

“É provável que um grande esforço de adaptação seja necessário para que a Plataforma Drex possa servir como infraestrutura para serviços inovadores destinados à sociedade”, afirma o Banco Central em seu relatório. 

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O documento aponta que foram obtidos avanços importantes na direção da anonimização, mas que “as soluções testadas apresentam limitações que comprometem, no momento, sua adoção no contexto das necessidades de negócio estabelecidas”. 

Neste ponto o BC especificou os problemas: “A falta de controle pelas autoridades sobre os tokens e as limitações na programabilidade e na componibilidade mostram que o estado das soluções carece de maturidade com relação aos requisitos essenciais para um sistema financeiro robusto e dinâmico.”

Para a fase dois do Piloto do Drex, o BC afirma que o objetivo será avançar nas questões de privacidade. “Essa nova fase permitirá que exploremos casos de uso mais amplos, enquanto continuamos a abordar as preocupações com privacidade.”

Conforme comunicado para a imprensa, o BC decidiu por não incluir, nesse momento, novos casos na segunda fase do Piloto Drex. A entidade ressalta que o piloto “se mostrou desafiante do ponto de vista tecnológico, e vem demandando na segunda fase um acompanhamento mais intensivo do que o antecipado”.

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Para a segunda fase, foram recebidas 101 propostas. Excluídas as que descumpriram requisitos formais da chamada, restaram cerca de 50 propostas. Os interessados tiveram até o dia 24 de novembro para apresentar seus projetos ao Banco Central.