Imagem da matéria: Bank of America ataca Bitcoin em relatório aos clientes
Foto: Shutterstock

O Bank of America, o segundo maior banco dos Estados Unidos, criticou o Bitcoin em uma nota recente para clientes e questionou as implicações ambientais da manutenção do ativo.

De acordo com o The Street, o relatório, intitulado “Bitcoin’s Dirty Little Secrets”, argumentou que o Bitcoin tinha pouco papel a desempenhar no portfólio de um investidor.

Publicidade

“O Bitcoin também se correlacionou com ativos de risco, não está vinculado à inflação e permanece excepcionalmente volátil, o que o torna impraticável como reserva de valor ou mecanismo de pagamento”, disse o banco.

O relatório afirmava que os preços do Bitcoin poderiam ser manipulados para cima com uma quantia relativamente pequena de dinheiro. Ele disse que apenas US$ 93 milhões em entradas de fundos poderiam desencadear um aumento de 1% no preço (uma movimentação de US$ 580) do Bitcoin, enquanto que fazer o mesmo com o ouro levaria mais de US$ 1,86 bilhão.

Isso, de acordo com o Bank of America, provavelmente se deve à concentração do Bitcoin. Mais de 95% do total de moedas mineradas são controladas pelas 2,4% carteiras com os maiores saldos, afirma a nota, dizendo que tal propriedade cria um problema social para novos investidores.

Mineração: uma preocupação ambiental

Deixando de lado a volatilidade dos preços, a nota do Bank of America também levantou preocupações sobre o enorme consumo de energia necessário para a mineração de bitcoins.

Publicidade

A mineração de bitcoins é um processo que consome muita energia e requer o uso de equipamentos de computação massivos – e o hardware correspondente para resfriar essas máquinas – para processar transações e manter a rede.

Uma grande quantidade de dióxido de carbono é emitida como um subproduto da mineração, o que significa que não é um processo ambientalmente correto. “Um novo influxo de US$ 1 bilhão no Bitcoin pode fazer com que o CO2 aumente o equivalente a 1,2 milhão de carros (com motor de combustão)”, disse a nota.

Acrescentou que, como a maior parte do Bitcoin era minerado na China, o setor estava diretamente “ligado” aos recursos de combustível na China. “O poder de computação do bitcoin hoje está principalmente em Xinjiang, a carvão, uma ligação entre preços, demanda de energia e CO2 significa que o Bitcoin está vinculado ao carvão chinês”, disse a nota.

Os comentários do Bank of America vão contra a recente mudança de opinião sobre o Bitcoin em Wall Street. Grandes bancos como JPMorgan e Morgan Stanley mudaram seu tom em relação ao Bitcoin nos últimos meses e estão até criando produtos de criptomoedas para seus clientes.

Publicidade

O investimento institucional também não se limita aos bancos. Grandes empresas de tecnologia como Tesla, Square e MicroStrategy adicionaram Bitcoin aos seus caixas nos últimos meses, usando-o como uma proteção contra a inflação excessiva nos EUA e uma perspectiva econômica geral ruim.

*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co

VOCÊ PODE GOSTAR
Brad Garlinghouse, CEO da Ripple , posa para foto

Mercado de criptomoedas vai valer US$ 5 trilhões até final do ano, prevê CEO da Ripple

Brad Garlinghouse justifica seu otimismo pelo halving do Bitcoin e um possível impulso regulatório positivo do mercado cripto nos EUA
Fusão da imagem de uma moeda de bitcoin com a bandeira do Paraguai

Senadores do Paraguai querem pausar toda atividade ligada ao Bitcoin; entenda

Projeto de lei quer que atividades como mineração, compra e venda de Bitcoin sejam suspensas por 180 dias
Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) cai para US$ 69 mil e mercado reduz apostas em ETF de Ethereum

Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) cai para US$ 69 mil e mercado reduz apostas em ETF de Ethereum

Quedas resultaram em quase US$ 200 milhões em posições de derivativos alavancadas liquidadas em diversos criptoativos, segundo CoinGlass
Imagem da matéria: ETF de Bitcoin da BlackRock é o 3º mais investido por brasileiros no exterior

ETF de Bitcoin da BlackRock é o 3º mais investido por brasileiros no exterior

Produto da BlackRock fica atrás apenas dos ETFs que seguem o índice S&P 500 e o setor imobiliário dos EUA