Imagem da matéria: Banco Central Europeu questionará cidadãos sobre uma possível moeda digital
Christine Lagarde em conferência (Foto: Center for Global Development/Flickr)

Os tão esperados resultados da pesquisa do Banco Central Europeu sobre o euro digital serão lançados “nas próximas semanas”, disse a presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, nesta sexta-feira (11).

Mas essa não será a palavra final. Os resultados, que detalham as vantagens e desvantagens da criação de uma moeda digital do banco central (CBDC) para uso no varejo em toda a Europa, serão apresentados ao público para feedback.

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A moeda digital do banco central é o dinheiro emitido pelo banco central de um país em formato digital. No entanto, como nenhum país atualmente emite um CBDC, a forma que ele realmente assumirá ainda é desconhecida. Daí a necessidade de estudá-los.

De acordo com um documento de trabalho de janeiro de 2020 do BCE, que fornece um vislumbre do pensamento dos funcionários do banco, um banco central poderia emitir um token digital descentralizado, semelhante ao Bitcoin, mas aceito em todos os lugares. Também poderia simplesmente criar contas para todas as residências e empresas dentro do próprio banco central, o que mudaria as funções dos bancos comerciais, mas não os eliminaria.

O relatório descobriu ainda que um CBDC europeu poderia tornar as transações de varejo mais seguras e eficientes, impedir a lavagem de dinheiro ao remover dinheiro físico e fortalecer a política monetária da zona do euro.

Lagarde, que se tornou presidente do BCE em novembro de 2019 após um mandato de oito anos como chefe do Fundo Monetário Internacional, supervisiona a organização que cria a política monetária para 19 países europeus. O euro é a segunda moeda mais negociada no mundo, atrás do dólar americano, de acordo com o Bank for International Settlements, usado em cerca de um terço das negociações. Colocá-lo em formato digital seria, portanto, uma grande mudança.

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Quando Lagarde ingressou no BCE, não foi nenhuma surpresa que ela se interessasse por moedas digitais. Em 2018, um ano antes de sua nomeação, Lagarde disse em uma conferência de tecnologia em Cingapura: “Acredito que devemos considerar a possibilidade de emitir moeda digital”.

Lagarde declarou publicamente em dezembro de 2019 que acelerou uma força-tarefa do BCE em uma moeda digital, pois queria que o banco central estivesse “à frente da curva”. Afinal, a Europa não é a única região econômica estudando CBDCs – Japão, Estados Unidos e várias dezenas de outros bancos centrais, todos têm projetos ou estudos de CBDC em andamento.

O próximo relatório da força-tarefa promete ser a declaração mais abrangente do BCE sobre moedas digitais emitidas pelo Estado até o momento. Lagarde parece favorável, embora tenha indicado que o Eurosistema, que reúne o BCE e os 19 Estados-Membros que utilizam o euro, ainda não decidiu o rumo a seguir.

Porque, é claro, o público tem o direito de opinar sobre seu futuro econômico.

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