Enquanto o Bitcoin (BTC) segue flutuando na faixa dos US$ 36 mil e US$ 38 mil à medida que o mercado aguarda novos fatores que possam puxar os preços para cima, uma carteira misteriosa surgiu e em apenas três semanas se tornou uma baleia — como são chamados os investidores que possuem grandes quantidade de criptomoedas — ao acumular mais de 10 mil BTC.
Iniciando suas compras no dia 10 de novembro, a carteira tem hoje 11.268 BTC, que equivalem a R$ 2,1 bilhões na atual cotação do ativo. Essa quantia tornou a carteira de Bitcoin a 70ª maior do mundo, segundo dados do Bitinfocharts, que ainda indica que esse endereço já registra R$ 53 milhões em lucros não realizados.
A movimentação chamou atenção da comunidade do Bitcoin, que passou a investigar quem afinal está por traz dessas supostas compras.
Com toda essa quantia, alguns rumores começaram a surgir no mercado de que o endereço poderia ser de alguma grande gestora envolvida na tentativa de lançar seu próprio ETF de Bitcoin à vista, já que para lançar tal produto deverá criar grandes reservas de BTC.
Fim do mistério
Nesta quinta-feira (30) o mistério foi resolvido: o endereço bc1qchctnvmdva5z9vrpxkkxck64v7nmzdtyxsrq64 pertence a exchange BitMEX.
A informação foi dada pelo site CoinDesk com ajuda da CryptoQuant, que aponta que esse endereço aparece nos últimos comprovantes de reservas da exchange, publicados em 28 de novembro. Além disso, segundo a CryptoQuant, esse endereço recebeu bitcoins de outros 450 endereços que também estão nos dados da BitMEX.
A BitMEX provavelmente estava conduzindo uma transferência interna porque está migrando a maior parte de suas participações em bitcoin do formato 3BMEX para endereços com formato bc1qmex, disse a CryptoQuant. Esses endereços de Bitcoin que começam com “bc1q” e suportam SegWit, permitem transações mais eficientes e que podem pagar taxas mais baixas.
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