A bolsa de valores brasileira (B3) começou a negociar nesta segunda-feira (23) o primeiro ETF de criptomoedas do país, o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice.
Sob o ticker HASH11, o produto da gestora Hashdex foi lançado às 10h da manhã na B3.
O marco é importante porque é a primeira vez que os investidores brasileiros podem se expor às criptomoedas de forma direta na bolsa de valores.
Os ETF são fundos de índices comercializados em bolsa, da mesma forma que as ações. As cotas do novo produto terão como referência o Nasdaq Crypto Index (NCI), desenvolvido pela empresa brasileira em parceria com a Nasdaq.
O índice rastreia o preço de seis criptoativos: bitcoin, ethereum, stellar, litecoin, bitcoin cash e chainlink. O BTC representa 79,7% da cesta, seguido por ETH com 6,9%.
Na sexta-feira passada (23), a empresa informou que o produto arrecadou R$ 615 milhões em sua primeira emissão, um valor quase três vezes maior do que a estimativa inicial. Com esse valor, o produto já estreia como o quinto maior ETF da bolsa brasileira.
No total, o ETF recebeu 28.358 pedidos de participação para os quais foram emitidas 12.305.014 cotas, no valor de R$ 47,02.
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As cotas foram distribuídas pela Genial Investimentos, BTG Pactual e Itaú e também contou com a participação de outros grandes bancos como Safra, Banco do Brasil e Inter.
Nesta manhã de lançamento, a Nasdaq realiza em Nova York, nos Estados Unidos, a tradicional Bell Ring Cerimony para comemorar o lançamento na bolsa brasileira.
CVM abre portas para ETFs cripto
O lançamento do ETF da Hashdex foi autorizado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no dia 17 de março.
Dois dias depois, os reguladores deram o sinal verde para o segundo ETF de criptomoedas do Brasil, dessa vez um produto da QR Asset Management, gestora de recursos da holding QR Capital.
Sob o ticker QBTC11, o fundo vai replicar 100% o desempenho do bitcoin, com base no mesmo índice usado nos contratos futuros da Chicago Mercantile Exchange (CME).
Os ETFs de criptomoedas começaram a ganhar espaço nas bolsas em 2021 e o Brasil se junta a um pequeno grupo de países, como o Canadá, que se mostram receptivos aos ativos digitais.