Atlético de Madrid quer processar corretora de criptomoedas por calote de R$ 214 milhões

A WhaleFin não pagou o combinado para ter sua marca exposta nas camisas do clube
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Foto: Shutterstock

O clube de futebol espanhol Atlético de Madrid pretende processar a exchange de criptomoedas WhaleFin, do Amber Group, por não ter cumprido um acordo de 40 milhões de euros (cerca de R$ 214 milhões) em receitas de patrocínio. As informações são do site Protos, em publicação na quinta-feira (23).

O acordo firmado no ano passado previa um patrocínio de 40 milhões de euros por ano até 2027 para que a WhaleFin fosse um dos principais patrocinadores do Atlético durante a temporada 2022/23. Na ocasião, a empresa cripto tomava o lugar da fintech de forex Plus500.

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A corretora de criptomoedas, cujo símbolo é uma baleia, foi acusada pelo clube de violar os termos do contrato ao não pagar o acordo, que pode culminar na justiça em uma indenização de pelo menos 20 milhões de euros (R$ 107 milhões), descreve o site. 

Mas esse é apenas um dos problemas da WhaleFin. De acordo com a publicação, em dezembro de 2022, foi relatado que a Amber Group estava passando por dificuldades financeiras e decidiu rescindir seu acordo de patrocínio de US$ 25 milhões por ano com o Chelsea, clube da Premier League inglesa, apenas sete meses após ter sido acordado.

Em fevereiro do mesmo ano, o Amber Group teria captado US$ 200 milhões em uma rodada de investimento liderada pelo Temasek, fundo soberano de Singapura.

Atlético de Madrid e as criptomoedas

A situação do Atlético de Madrid é parecida com a dos clubes italianos Inter de Milão e Roma, que dispensaram a empresa de blockchain DigitalBits devido a um calote que juntos somam 27 milhões de euros, ou cerca de R$ 144 milhoẽs, concluiu o site.

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A logomarca da WhaleFin — uma baleia em degradê azul e verde — já não aparece mais nas camisas do clube Atlético de Madrid, nem na lista de patrocinadores da entidade. A corretora também não publica nada no X, antigo Twitter, desde dezembro do ano passado.

Apesar disso, o Atlético de Madrid tem outros projetos cripto menos desastrosos. O clube possui, por exemplo, o fan token ATM feito em parceria com a Socios.com.