Ataque ransomware pede US$ 11 mi em bitcoin para restaurar sistemas da Capcom

Criminosos bloquearam acesso a 1 TB de dados confidenciais da empresa
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Desenvolvedora japonesa de jogos Capcom (Foto: Divulgação/reprodução)

A desenvolvedora japonesa de jogos Capcom, responsável por franquias famosas como Street Fighter e Resident Evil, foi vítima de um ataque ransomware no início de novembro, como informa o Coindesk. Conhecido como Ragnar Locker, o grupo de criminosos pede US$ 11 milhões em bitcoin para desbloquear o acesso aos mais de 1 TB de dados confidenciais roubados.

Em nota à imprensa, a desenvolvedora afirmou que foram afetados o serviço interno de e-mails e os servidores de arquivos, mas que não havia evidências de vazamento de informações dos usuários. Uma reportagem da rede japonesa Nikkei, no entanto, revelou que os dados criptografados incluem informações pessoais de funcionários e clientes.

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“A Capcom expressa seu profundo pesar por qualquer inconveniente que isso possa causar às partes interessadas”, disse a empresa no comunicado, acrescentando que consultou a polícia, bem como outras autoridades relacionadas, enquanto realiza uma investigação e toma medidas para restaurar os sistemas.

A companhia garante ainda que o incidente não afetou as conexões de seus jogos online ou o acesso aos seus vários sites.

Campanhas de ransomware agem como “sequestros” cibernéticos, exigindo quantias em dinheiro para normalizar os sistemas invadidos. Os criminosos exigem que a Capcom realize pagamento até esta quarta-feira (11) para que as redes de seus escritórios no Japão, Estados Unidos e Canadá sejam liberadas.

Esse tipo de ataque foi frequente ao redor do mundo este ano. Como observado pelo Coindesk, o Japão enfrentou situação semelhante em outubro, quando escolas e sistemas eletrônicos do governo foram invadidos por hackers que também pediam resgate em BTC. Já na Áustria, a moeda digital foi a condição exigida para evitar o detonamento de uma bomba em agosto.

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O Brasil também foi vítima de um ataque ransomware recentemente, embora este não tenha envolvido bitcoin. No dia 3 de novembro, uma invasão aos sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) interditou a corte desde então, impossibilitando o julgamento de mais de 12 mil processos. Segundo a Polícia Federal, o criminoso já foi identificado e peritos trabalham na restauração da rede.