A Receita Federal da Argentina (AFIP, na sigla em espanhol) identificou e desmontou na segunda-feira (21) uma operação de mineração de criptomoedas sendo feita dentro de um apartamento de luxo em um bairro nobre na cidade de La Plata, capital da província de Buenos Aires. As informações são do portal Ambito.
Segundo a reportagem, foram identificadas 180 máquinas para mineração de Bitcoin, sendo o equipamento avaliado em US$ 275 mil. A operação funcionava há oito meses.
Conforme apontou a AFIP, a conta de energia elétrica estava em nome de um terceiro, o que seria uma manobra para evitar que a operação de mineração fosse descoberta.
A entidade disse que ainda irá apontar o quanto de renda a operação pode ter gerado: “Com base nos medidores atribuídos ao contêiner, pode ser feita uma estimativa dos resultados alcançados pela atividade de criptomineração de ativos digitais”, disse a AFIP.
Mineração clandestina de criptomoedas na Argentina
Em outubro, a Polícia de Buenos Aires, o Ministério da Segurança da Argentina e a AFIP localizaram uma fazenda clandestina de mineração de criptomoedas durante uma megaoperação contra cibercriminosos. Na ação, as autoridades prenderam 40 pessoas, informou o site do governo.
A fazenda de mineração foi localizada na cidade de Quilmes depois de um cruzamento de informações de fontes do governo e compradores de dispositivos de mineração vindo do exterior. Além de operar clandestinamente, a operação funcionava com cabos roubados da rede de energia.
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Foram encontrados 57 plataformas de mineração com 342 placas de vídeo com um valor de mercado de US$ 420 mil e um gasto de eletricidade na casa de 2 milhões de pesos por mês.
Mineração de Bitcoin na Argentina
A companhia petrolífera estatal da Argentina, YPF, anunciou em outubro que já está em funcionamento um projeto no qual o gás de poços recém feitos está sendo usado para mineração de criptomoedas. A operação foi detalhada em reportagem da agência estatal de notícias Telám, conforme relatado pelo portal local Argenports.
Segundo Martín Mandarano, CEO da YPF Luz, o gás que sai de um poço recém furado é em geral desperdiçado. O projeto então faz com que a empresa de mineração monte uma pequena operação ao lado do ponto de energia gerado e pague pela eletricidade que, antes disso, estava sendo desperdiçada.
O executivo contou que o projeto está ocorrendo faz três meses na área de Loma Campana, no deserto Vaca Muerta, no sul da Argentina. Essa primeira experiência tem sido com fornecimento de 1 megawatt, ao mesmo tempo em já se está preparando um novo ponto de fornecimento de 8 megawatts.
“Começamos a desenvolver este piloto de geração para mineração de criptomoedas com uma visão de sustentabilidade e negócios a partir do gás natural queimado, que não pode ser utilizado no momento da exploração e no início da produção de um campo de petróleo”, disse Mandarano.
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