Um caso de sequestro trazendo uma menor de idade entre os envolvidos e um resgate R$ 115 milhões em criptomoedas, que ocorreu em Santa Catarina em abril de 2017 está para ser julgado no Tribunal de Justiça de São Paulo.
O audacioso plano em sequestrar a esposa de um empresário do setor de criptomoedas foi por água abaixo quando a Polícia Civil estourou o cativeiro localizado numa casa na Zona Lesta de São Paulo e prendeu alguns dos suspeitos em flagrante.
Os réus vêm aguardando o julgamento sob prisão preventiva. A Justiça, que já negou uma vez o pedido de liberdade provisória, deverá em breve reanalisar o pedido.
Na última decisão proferida pelo Juiz Claudio Juliano Filho, da 14ª vara Criminal de São Paulo, foi negado o pedido de liberdade provisória dos envolvidos, pois na sua visão, os réus soltos colocariam em risco a ordem pública.
“Quer porque o comportamento dos réus demonstra que soltos eles agridem bem jurídico alheio, cometendo infração de gravidade, causando pânico e intranqüilidade na população desta cidade, abalando a ordem pública, necessária se faz a custódia deles”.
O sequestro
Conforme consta nos autos, após deixar sua filha no colégio em Florianópolis, a vítima teria sido arrebatada, jogada dentro de um veículo e levada até um cativeiro em São Paulo.
Poucos dias depois, a Polícia encontrou o local resgatando a vítima das mãos dos criminosos. O caso ocorreu em meados de 2017, mas somente chegou à Justiça em janeiro desse ano, por meio de uma ação penal apresentada pelo Ministério Público.
Apesar de todo o planejamento e com divisão clara de tarefas sobre o que cada um faria no sequestro, os réus foram detidos em flagrante. Pelo menos sete pessoas planejaram o evento criminoso que ainda contou com a participação de uma adolescente.
Dois homens participaram ativamente dessa fase. Um de nome Thiago e o outro de nome Geovani, ambos identificados pela vítima. Ela teria sido abordada por Geovani e logo depois foi arrebatada por Thiago.
A vítima havia sido sequestrada numa quarta-feira e somente saiu do cativeiro num sábado, dia em que a Polícia apareceu no local e a libertou.
Ela contou que foi jogada dentro de um veículo e levada até São Paulo, onde ficava o cativeiro. No momento da operação policial, estava com a vítima uma pessoa que foi identificada como Edmar.
Mas ele não era o único que vigiava o local. “O réu Emanoel confessou sua participação no crime e esclareceu que vigiou a vítima no tempo que permaneceu no cativeiro”, conforme consta no processo.
Resgate em criptomoedas
Na época em que a polícia havia estourado o cativeiro, o delegado responsável pelo caso, Anselmo Cruz, da Delegacia de Investigações Criminais (Deic), ficou surpreso pela atuação dos criminosos, conforme foi noticiado pelo site NSC Total.
De acordo com ele, aquela era a primeira vez que havia um sequestro no Brasil em que o resgate era pedido em criptomoedas. Ele relatou que havia conversado com outros colegas, mas que nenhum deles havia se deparado com uma situação semelhante.
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