Acusada de pirâmide, G44 Brasil é alvo de autoridades no DF e já foi multada pela CVM

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Festa de gala promovida pela G44 Brasil, em Brasília. Empresa nega ser esquema de pirâmide financeira. Foto: Reprodução/G44 Brasil

Autoridades do Distrito Federal investigam a atuação da empresa G44 Brasil, acusada de operar esquema de pirâmide financeira. A G44 é responsável pela exchange Inoex.

Sediada em Taguatinga, cidade-satélite do DF, a empresa opera desde 2017 e vem chamando a atenção tanto da Polícia Civil como do Ministério Público, segundo informações do jornal Correio Braziliense.

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A G44 se define como uma “holding empresarial que faz gestão de empresas do segmento de tecnologia em criptomoedas, mineração de pedras e metais preciosos e prestação de serviços”.

Em seu site, a G44 afirma que oferece um pacote de investimentos com base em criptomoedas. De acordo com o Correio Braziliense, a empresa ainda oferece comissão para o investidor que atrair novas pessoas para o negócio.

A empresa vem comemorando seus ganhos. Em 11 de outubro passado, a G44 divulgou em seu site que promoveu uma festa de gala em área nobre de Brasília para celebrar os dois anos de atuação.

No entanto, associados afirmam que a empresa vem atrasando os pagamentos e limitando o valor dos saques. Há também reclamações semelhantes sobre a G44 no Reclame Aqui.

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Veto e multa da CVM

Além das investigações da Polícia Civil e do Ministério Público, a G44 Brasil é alvo de ação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

A CVM emitiu um alerta ao público no ano passado de que a empresa estava operando de forma irregular no Brasil.

No comunicado, a CVM informa que “foram apurados indícios de que a G44 Brasil Intermediações Financeiras Eireli, da sócia Joselita de Brito De Escobar e seu preposto Saleem Ahmed Zaheer (fundador) captavam clientes irregularmente, por meio do site www.g44.com.br, para realização de operações no mercado de valores mobiliários”

Ainda de acordo com a autarquia do Ministério da Economia, a empresa brasiliense já foi multada por manter a prática.

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O que diz a G44

Em seu site, a G44 afirma que “trata-se de um boato de difamação considerá-la como uma empresa que opere por pirâmide”.

“Uma empresa do segmento de intermediação, que guarda, realiza estudos e pesquisa, além de consultoria envolvendo criptomoedas. Também é atuante no mercado de extração de pedras e metais preciosos. Assim, na G44 seu investimento fica seguro”, afirma.

Sobre a relação com a CVM, a G44 Brasil diz não ser regulada pela comissão.

“O Grupo G44 possibilita a entrada de sócios em seu quadro por meio de Contratos de Sociedade em Conta de Participação – SCP, regulado exclusivamente pelo Código Civil Brasileiro em seus artigos 991 a 996, não estando na esfera de regulação da CVM”, disse, em nota enviada ao Correio Braziliense.

Com relação aos atrasos, a G44 Brasil afirmou na mesma nota que “sua atividade ‘cresceu em ritmo acelerado’ e que seus limites bancários se tornaram pequenos para a quantidade de transações realizadas”. A empresa também disse que tem atuado para resolver todos os casos.

Casos na Justiça

A G44 Brasil tem recorrido à Justiça contra acusações de que opera atividades financeiras irregulares. Até o momento, no entanto, não obteve sucesso.

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Neste mês de novembro, a Justiça do Distrito Federal indeferiu a apelação da G44 Brasil para que o Google retirasse do ar vídeos no YouTube que acusam a empresa de fraude.

Em julho, a empresa – que também administra a corretora de criptomoedas Inoex – teve outro pedido semelhante negado na Justiça do DF.