simbolo do dólar emergindo de placa de computador
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O acesso ao crédito para pequenas e médias empresas (PMEs) têm sido um dos grandes desafios do mercado financeiro brasileiro.  

O Brasil é um país onde as PMEs representam mais de 90% das empresas ativas, mas, paradoxalmente, esbarram em custos elevados e burocracia para captar recursos. 

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A tokenização surge como uma alternativa para mudar esse jogo, proporcionando um caminho mais eficiente e acessível para essas empresas levantarem capital. Vamos entender como isso funciona na prática?

O alto custo do crédito tradicional

O principal desafio enfrentado pelas PMEs no Brasil é a dependência de crédito bancário. 

Para essas empresas, as taxas de juros são significativamente mais altas do que as oferecidas para grandes corporações, uma vez que os bancos consideram esses empréstimos de maior risco. 

Além disso, as exigências de garantias e prazos longos de aprovação tornam esse processo custoso e muitas vezes inviável.

O mercado de capitais tradicional também não resolve essa questão. Abertura de capital na bolsa é uma realidade distante para PMEs, e mesmo opções como debêntures exigem estruturação complexa e custosa. 

Ou seja, falta um mecanismo que conecte essas empresas diretamente aos investidores de forma mais eficiente.

A tokenização como alternativa

A tokenização de ativos financeiros permite que PMEs acessem o mercado de capitais de maneira mais ágil e com menor custo. 

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Em vez de depender exclusivamente de bancos ou processos longos de emissão de títulos, uma empresa pode estruturar uma operação de captação através da emissão de tokens lastreados em ativos financeiros, como recebíveis ou títulos de dívida.

Com isso, cria-se um novo canal onde os investidores podem acessar oportunidades diretamente, sem intermediários tradicionais. 

O uso de smart contracts garante a transparência e a segurança dessas transações, reduzindo custos operacionais e eliminando diversas camadas de burocracia.

Casos práticos: onde isso já está acontecendo?

Não estamos falando de um cenário futurista. Empresas já estão utilizando a tokenização para reduzir seus custos de captação e ampliar seu acesso a investidores.

Um exemplo prático é o uso de tokens lastreados em recebíveis de cartão de crédito. No modelo tradicional, uma PME que deseja antecipar esses recebíveis precisa negociar com bancos ou empresas de factoring, que cobram taxas elevadas. 

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Com a tokenização, esses recebíveis podem ser securitizados e convertidos em tokens e vendidos diretamente para investidores no mercado, eliminando intermediários e reduzindo custos.

Outro caso são as emissões de Tokens de Investimento em Direitos Creditórios (TIDC), que permitem que empresas financiem suas operações através da captação de recursos no mercado de forma fracionada e acessível. 

Isso amplia o público investidor e possibilita condições de captação mais atrativas para os emissores.

O impacto da regulação e a adoção do mercado

O crescimento desse mercado depende de um arcabouço regulatório claro. 

No Brasil, a CVM tem se mostrado aberta à discussão sobre tokenização, com iniciativas como a consulta pública sobre a modernização da Resolução 88, que trata de ofertas públicas de pequeno porte. Isso pode abrir ainda mais espaço para que PMEs explorem essa alternativa.

Outro fator crucial é a educação do investidor. Muitas pessoas ainda desconhecem como a tokenização funciona e como podem se beneficiar dela. A disseminação de informação e a simplificação dos processos é uma das nossas missões para ampliar a adesão desse modelo.

Um caminho sem volta para o financiamento empresarial

Entendeu como a tokenização representa um novo paradigma para a captação de recursos por PMEs? Ela reduz custos, aumenta a eficiência e amplia o acesso a investidores de forma democrática.

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Para empresas que buscam financiamento, entender essa alternativa e como estruturá-la corretamente pode ser o diferencial entre crescer e ficar estagnado no modelo tradicional. 

E para investidores, é uma nova oportunidade de diversificação e participação em ativos antes restritos ao sistema financeiro convencional. Encerro dizendo algo que sempre reforço aqui neste nosso espaço: a tokenização já está transformando o mercado financeiro hoje! Quem souber aproveitá-la desde já, sai na frente. 

Vamos continuar essa conversa? Lá no LinkedIn @DanielCoquieri a gente fala sobre esse e outros assuntos relacionados a transformação que a tokenização está promovendo no mercado financeiro.

Sobre o autor

Daniel Coquieri é CEO da empresa de tokenização de ativos Liqi Digital Assets. Empreendedor do ramo da tecnologia, foi fundador da BitcoinTrade, uma das primeiras corretoras de criptomoedas do Brasil.

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