Imagem da matéria: A história do homem que comprou 100 NFTs do CryptoPunks antes do hype

“Eu era apenas um cara se divertindo atrás do computador”, Dan Polko disse ao Decrypt. “Nunca imaginei tudo o que ia acontecer”.

Polko comprou 100 CryptoPunks, que no auge chegaram a valer milhões, quando ninguém se importava com a icônica coleção NFT.

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O francês descobriu CryptoPunks apenas alguns dias depois de terem sido lançados pela primeira vez em junho de 2017, depois de ler um artigo.

Como um dos primeiros a adotar Bitcoin e um grande seguidor de Ethereum, os interesses de Polko gravitaram naturalmente para NFTs.

Para ele, o CryptoPunks não era apenas mais uma coleção de arte digital. Foi uma ode nostálgica ao seu amor por cyberpunk, ficção científica e rock clássico.

“A estética da pop art, as cores descoladas, a pixel art, me lembraram dos videogames da minha infância, como Donkey Kong, Tetris e Pac-Man”, disse ele.

Depois de deixar o computador por dois meses de férias, sua decisão foi tomada quando ele voltou: ele teve que aceitar a aposta.

“Usei o ETH que comprei por menos de US$ 10, já que os CryptoPunks estavam no equivalente a US$ 300”, disse Polko. “Foi como comprar uma litografia em uma galeria de arte. Entre outubro e novembro, comecei a acumular NFTs. Comprei um, depois dois, três, quatro e não consegui parar”.

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Nos quatro a cinco meses seguintes, ele adquiriu 100 CryptoPunks.

“Era barato, você poderia encontrar ótimas peças porque talvez houvesse três compradores no planeta, já que ninguém se importava”, disse Polko. “Havia cinco caras no Discord, sempre os mesmos, brincando sobre o fato de que estes seriam tão valiosos quanto Warhol em 50 anos.”

Inspirado por colecionadores de arte lendários

Após uma pausa de dois anos no espaço de criptomoedas e NFTs, o bloqueio por conta da pandemia de Covid trouxe Polko de volta ao seu computador, reacendendo sua curiosidade sobre CryptoPunks.

Na mesma época, ele descobriu uma comunidade vibrante no SuperRare, com artistas como XCOPY, Robbie Barrat e Hackatao. No entanto, as restrições de liquidez impediram-no de investir naquelas artes.

Mas a maré estava prestes a mudar. “O Twitter foi o catalisador dos CryptoPunks”, disse ele. “Comecei a usar meu CryptoPunk como minha foto de perfil. Havia os veteranos como Snowfro, e muitos outros que desapareceram desde então.”

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Quando os preços dos CryptoPunks começaram a disparar, Polko, que apenas esperava um retorno decente, encontrou-se colhendo recompensas além de sua imaginação mais selvagem.

“Foi surreal. Eu cresci ouvindo ícones como Dr. Dre e Snoop Dogg, e agora eu estava vendo Snoop exibindo um CryptoPunk nos seus perfis de redes sociais”, disse.

No entanto, quando o mercado mostrou sinais de vacilação em meados de 2022, Polko começou estrategicamente a desinvestir.

“O mais caro que vendi foi por 95 ETH”, revelou. “O comprador foi o mesmo indivíduo que comprou um Punk por US$ 24 milhões. Ele comprou alguns de mim, todos com preços entre 80 e 95 ETH”.

A lógica era clara. “Considerei a possibilidade de o mercado não se recuperar e decidi garantir os meus ganhos. A emoção é inegável, mas também é sobre a recompensa financeira.”

Embora ele tenha vendido 42 de seus CryptoPunks, ele ainda mantém 58 em sua coleção. Com a liquidez que adquiriu, Polko decidiu voltar ao seu papel de colecionador de arte digital.

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Conseguiu adquirir obras do XCOPY, de Sarah Zucker e muitos outros artistas franceses.

“Eu me orgulho de ser o principal colecionador das obras de Pascal Boyart”, disse Polko. “Eu possuo uma parte significativa da coleção do Obvious, e peças do Agoria. É importante para mim repatriar isto para a França e não deixar que seja dominado pelo reino de língua inglesa.”

Os novos Impressionistas

Ele está entusiasmado por estar envolvido em um movimento e fazer parte de uma comunidade de artistas e colecionadores.

“Eu acho divertido fazer parte de algo novo”, disse. “Eu sempre volto aos impressionistas, o início da arte moderna, onde artistas, colecionadores e negociantes de arte se misturavam em Paris. Agora, com as redes sociais, as reuniões não acontecem mais nos cafés de Montmartre, mas no Twitter ou em outras redes sociais. É uma coisa global, e é por isso que funcionou porque é mundial.”

As conexões que ele fazia às vezes levavam a vendas; depois de se tornar amigo do artista Justin Aversano, Polko vendeu-lhe um CryptoPunk — pegando um dos NFTs Twin Flames de Aversano como pagamento parcial.

Além disso, Polko é patrono do novo movimento crypto art, ajudando os artistas a montar exposições.

“É incrível. Na França, triunfamos graças às contribuições de figuras como Beno Couty, Jean-Michel Pailhon, Obvious, Agoria e Pascal Boyart. Pessoalmente, sempre me esforcei para elevar o toque francês, inspirando-me em artistas como Daft Punk e estabelecendo uma conexão entre CryptoPunks e a essência da cultura francesa.”

Ele salienta o papel da NFT Factory em Paris e da Galeria IHAM, centros dedicados a exposições e aprendizagem NFT. “Uma comunidade francesa vibrante se reuniu em torno deste novo movimento digital”, disse Polko. “Estávamos competindo com cidades como Nova York, mas acredito que Paris agora estabeleceu o ritmo.”

E como Polko prevê um futuro dedicado a viajar e colecionar mais arte digital, ele está otimista sobre o futuro desse universo. O fato do National Museum Centre Pompidou ter recentemente adicionado um CryptoPunk doado pela Yuga Labs para sua coleção só fortalece esse otimismo.

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Mas ele também salienta o valor da paciência.

“Foi quando o MoMA em NY adquiriu peças de Pollock e Rothko que as carreiras desses artistas explodiram”, disse ele, observando que o Centre Pompidou só adquiriu seus NFTs há seis meses.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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