Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó do Bitcoin”, dono da GAS Consultoria, agora é réu com mais 16 acusados de crimes contra o sistema financeiro nacional. A denúncia foi aceita pelo juiz Vitor Valpuesta da 3ª Vara Federal na segunda-feira (4), segundo informações do G1.
O grupo se torna réu cerca de duas semanas após indiciamento da Polícia Federal. Na ocasião, o órgão indiciou 22 pessoas, mas cinco suspeitos ficaram de fora da lista de Valpuesta, que determinou a entrega de passaportes dos indiciados, proibindo-os de deixar o Brasil.
Enquanto isso, o “Faraó” está preso desde o dia 25 de agosto, após a realização da Operação Kryptos pela Polícia Federal. Ele e sua esposa, a venezuelana Mirelis Yoseline Zerpa, que é considerada foragida pela Justiça, teriam administrado de forma fraudulenta a GAS Consultoria.
Conforme descreveu o G1, trechos da denúncia acusam o casal de terem “promovido, constituído, financiado e integrado organização criminosa preordenada à prática de crimes contra o sistema financeiro, contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro”.
Além disso, pesa sobre eles a captação irregular de recursos de pessoas para fins de investimentos em valores mobiliários. “O Ministério Público Federal crê que, entre os clientes, há traficantes e milicianos”, ressalta a reportagem.
Glaidson e esposa viram réus
Com informações do G1, os denunciados e suas atuais condições são:
Glaidson Acácio dos Santos (preso)
Mirelis Yoseline Diaz Serpa (foragida)
Felipe José Silva Novais (foragido)
Kamila Martins Novais (foragida)
Tunay Pereira Lima (preso)
Márcia Pinto dos Anjos (presa)
Vicente Gadelha Rocha Neto (foragido)
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Das 22 pessoas indiciadas pela Polícia Federal, ficaram de fora da lista de réus: Arthur dos Santos Leite; Matheus Rodrigues Pereira Bezerra; Elvis Almeida de Oliveira; Victor Lemos de Almeida Teixeira; Eliane Medeiros de Lima. A lista completa da PF foi divulgada no último dia 27, também pelo G1.
GAS Consultoria não paga clientes
A GAS Consultoria parou de pagar seus clientes, alegando impossibilidade pelo fato de a Justiça ter ordenado o bloqueio de R$ 38 bilhões em ativos da empresa. No dia 15 de setembro, o Ministério Público Federal (MPF) anunciou que autorizou a venda de R$ 150 milhões em bitcoin apreendidos de Glaidson.
A Operação Kryptos foi deflagrada em decorrência de denúncias da CVM e Ministério Público. Em sua primeira batida, encontrou na casa de Glaidson várias malas de dinheiro, carros de luxo, joias e 591 bitcoins.