Imagem da matéria: Homem é preso por usar criptomoeda para roubar US$ 4,2 milhões de investidores
Foto: Shutterstock

O empresário Jared Rice, criador da criptomoeda AriseCoin, foi condenado na quarta-feira (25) a cinco anos de prisão federal por dar um prejuízo de US$ 4,2 milhões a centenas de investidores que foram vítimas de um golpe aplicado em 2018.

Naquele ano, Rice captou a quantia milionária através de transferências de dólar e criptomoedas como o Bitcoin, Ethereum e Litecoin, de centenas de usuários que desejavam comprar a AriseCoin durante o seu ICO. O dinheiro, no entanto, era desviado para o uso pessoal do empresário de 33 anos.

Publicidade

De acordo com o anúncio oficial da Justiça dos Estados Unidos, Rice confessou ser culpado das acusações de fraude e oferta irregular de valores mobiliários movidas pela SEC.

Durante o seu julgamento, o juiz Ed Kinkeade ordenou que além de enfrentar a pena, Rice também deverá pagar US$ 4.258.073 em restituição às vítimas, o equivalente a R$ 42 milhões.

O FBI prendeu Jared Rice pela primeira vez no final de 2018 quando o caso veio à tona. Naquela época, a Justiça chegou a sugerir que caso o empresário fosse culpado de todas as acusações que enfrentava, poderia pegar mais de 120 anos de prisão, uma pena muito superior aos cinco anos a qual foi condenado essa semana.

Falsas promessas  

Em 2018, Jared Rice promoveu de forma fraudulenta a sua empresa AriseBank como a “primeira plataforma bancária descentralizada”. Ele afirmava aos investidores que o seu banco poderia oferecer contas seguradas pela Corporação Federal Asseguradora de Depósitos (FDIC), além de serviços bancários tradicionais e relacionados à criptomoedas, como um cartão de crédito da Visa.

Publicidade

“Na realidade, o AriseBank não tinha autorização para realizar operações bancárias no Texas, não era segurado pelo FDIC e não tinha qualquer tipo de parceria com a Visa”, disse a nota do Departamento de Justiça.

Ao captar investimentos com a suposta legalidade da sua empresa, Jared Rice converteu todos o dinheiro dos clientes para seu benefício próprio, gastando em hotéis, alimentação, transporte, um advogado de direito da família e até mesmo um guardião ad litem — pessoa que o tribunal nomeia para cuidar de alguém vulnerável durante um caso.

Enquanto promovia o esquema, o empresário também ocultou de seus investidores que havia se declarado culpado de acusações criminais estaduais em conexão com uma fraude de negócios relacionados à Internet.

VOCÊ PODE GOSTAR
Imagem da matéria: Crypto.com processa SEC após receber ameaça legal de regulador dos EUA

Crypto.com processa SEC após receber ameaça legal de regulador dos EUA

Corretora afirma que sofrer “ações indevidas de fiscalização da SEC” fazem parte do processo de operar um negócio de criptomoedas nos EUA
Imagem de cima de lançamento de foguete

Bot de IA impulsiona memecoin em 8.000% após doação de R$ 280 mil em BTC do bilionário Marc Andreessen

O aumento repentino de memecoins como GOAT ressalta uma tendência mais ampla em que elas estão alimentando apostas financeiras especulativas
Donald Trump posa para foto em evento político nos EUA

Projeto cripto de Trump define data de venda de tokens

O projeto World Liberty Financial da família do ex-presidente lançará sua venda de tokens para investidores credenciados; veja data
Imagem da matéria: Stripe retoma suporte a pagamentos com criptomoedas após 6 anos de suspensão

Stripe retoma suporte a pagamentos com criptomoedas após 6 anos de suspensão

A Stripe havia encerrado suporte a pagamentos com Bitcoin em 2018 por preocupação com volatilidade do mercado