O Ethereum alcançou o preço mais alto da sua história de US$ 2.199 na madrugada desta segunda-feira (12). Desde então, o ETH caiu para US$2,132, uma queda de 0,78%. Enquanto os preços sobem, as taxas de trasação caem.
Ao contrário do que costuma ser visto quando a criptomoeda decola, as taxas cobradas para transacionar na rede do Ethereum estão conseguindo se manter estáveis.
Neste domingo, as tarifas caíram para uma média de US$ 11,08, o valor mais baixo visto em cinco semanas. No dia 5 de março, o custo das transferências estava em torno de US$ 10, antes de voltar a subir e atingir a máxima do mês de US$ 23 no dia 31.
Desde o dia 6 de abril, no entanto, as taxas do Ethereum caem de forma gradual. Segundo a plataforma de análise Santiment, o custo baixo das transações na rede ajudaram o ativo a alcançar o seu novo recorde de preço, uma vez que as taxas impactam diretamente no seu uso.
O custo de usar Ethereum
Apesar de US$ 11 ainda ser um valor alto para transacionar na rede se comparado com as taxas do fim de 2020, o valor atual é positivo para um momento de alta.
No final de fevereiro, quando o ETH ultrapassou a marca de US$ 2 mil, as taxas bateram o preço histórico de US$ 38,21. Além disso, o problema se estende a todas as criptomoedas construídas na blockchain Ethereum, cujas taxas de transferência acompanham a rede principal.
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Desde que o Ethereum se tornou a rede responsável por dar vida aos principais projetos de finanças descentralizadas (DeFi), o congestionamento da rede se tornou o problema central do projeto.
Atualizações a caminho
Enquanto os concorrentes aproveitam o momento para ganhar espaço no mercado, a equipe por trás do Ethereum concentram esforços para melhorar a escalabilidade da rede. Ou seja, torná-la mais rápida e barata.
Para isso surgiu o Ethereum 2.0, que introduz à rede o consenso de prova de participação (PoS) em substituição a prova de trabalho (PoW). Assim, ao invés de poder computacional, os usuários emprestam suas criptomoedas para validar as transações na rede em troca de recompensas, um processo mais eficiente, portanto.
Nesta quarta-feira (14), o Ethereum recebe o hard fork Berlim, que vem para otimizar o uso das taxas e prevenir possíveis ataques de negação de serviço (DoS).
Em teste desde março, a bifurcação está programada para acontecer no bloco 12.244.000 e traz quatro atualizações.
Apesar do anúncio oficial citar o dia 14, a contagem regressiva do site Ethernodes.org sinaliza que o bloco em questão será minerado na manhã de quinta-feira (15).
Depois disso, o Ethereum se prepara para receber a polêmica Londres. Prevista para chegar em julho, a atualização vai incluir o EIP-1559, um protocolo que diminuirá as recompensas por bloco minerado na rede.