Imagem da matéria: Controladora da 99 no Brasil é uma das empresas que testou o yuan digital na China
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Pelo menos quatro grandes empresas da China estão participando da segunda fase do teste-piloto com o yuan digital que acontece neste mês em Suzhou. Depois do e-commerce global JD.com, a DiDi, dona da 99 no Brasil, a Meituan e a Bilibili já podem estar trocando a moeda digital chinesa por produtos e serviços, informou o jornal local CLS.

No primeiro teste do yuan digital, que ocorreu em outubro, cerca de US$ 1,5 milhão em Yuan Digital foi transferido para 50.000 cidadãos em Shenzhen. Agora nesta fase, cerca de US$ 3 milhões foram distribuídos para 10.000 moradores de Suzhou.

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Em ambas ações a distribuição foi feita por meio de loteria. Em meio à epidemia de coronavírus, a loteria acaba virando uma espécie de pacote de estímulo ao comércio.

Contudo, segundo o site Technode, os sorteados devem gastar os cerca de US$ 30 de 11 a 27 de dezembro. Após o período, o que sobrar será retirado estornado.

Embora o banco central chinês ainda não tenha uma data definida para o lançamento oficial de sua CBDC (Moeda Digital do Banco Central), esta pode ser a última fase de testes. Contudo, em julho deste ano, especulou-se a experiência também em Hong Kong.

Moeda digital da China

De acordo com uma publicação da Ernst & Young no ano passado, a China possui um dos ecossistemas digitais mais avançados do mundo. Naquela ocasião, segundo a consultoria, o país tinha mais de 800 milhões de usuários ativos de internet e 788 milhões de pessoas com celulares.

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Destes números pode vir a explicação da preferência na inclusão das plataformas digitais nos testes e não do varejo físico em geral. A JD.com é uma gigante do ecommerce da China, inclusive listada na Bolsa de Valores de Hong Kong e na Nasdaq. As outras empresas também estão entre as mais populares: a DiDi é um dos maiores app de serviços de taxi; a Meituan é uma gigante chinesa de delivery; e com investimentos da Sony, a Bilibili é um tipo ‘Youtube chinês’.

CBDC contra dolarização

Em outubro, sobre a moeda digital chinesa, o economista Zhou Xiaochuan, ex-presidente do Banco Central da China, disse que o yuan digital iria combater o dólar americano, pois esse seria um dos principais objetivos do governo chinês. “Precisamos evitar a dolarização e este é um dos principais pontos”, declarou na ocasião.

Dois meses antes, Chris Larsen, cofundador e presidente executivo da Ripple, escreveu um artigo afirmando que os EUA e a China já estão envolvidos em uma “guerra fria tecnológica”. 

Contudo, quem parte na frente é o país asiático. E para Larsen, o domínio da China nas criptomoedas e finanças pode ser uma frente importante nas futuras batalhas entre os dois países.

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