Imagem da matéria: "Perdi R$ 600 mil na empresa que o Ronaldinho Gaúcho é garoto-propaganda”, diz cliente da LBLV
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“Perdi R$ 600 mil”, disse um cliente da LBLV, empresa que está sendo acusada de aplicar golpes em vários investidores brasileiros. O negócio conta a ajuda de Ronaldinho Gaúcho, garoto-propaganda que há poucos dias compartilhou o vídeo em que aparece dizendo “nós vamos te treinar para ganhar”.

Segundo o cliente, que pediu para não ser identificado, ele viu um anúncio no Facebook e fez um cadastro na plataforma — que foi proibida de operar no Brasil pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Foi aí que teve início sua história de perdas e mais perdas. Conforme seu relato e de tantos outros mais, a empresa endossada por Ronaldinho é uma armadilha.

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Aliás, armadilha é uma palavra que também foi usada no recente caso do Ronaldinho, que se encontra preso no Paraguai. Junto com o irmão, Assis, ele foi acusado de portar passaporte falso.

Além disso, o ex-craque do futebol tem pendências com a Justiça brasileira, seja em sonegação de impostos ou envolvimento com pirâmides financeiras.

Manipulação da LBLV

A LBLV diz oferecer negociação em moedas estrangeiras, ouro, índices, ações e commodities. O fato é que relatos à reportagem do Portal do Bitcoin (também encontrados na página LBLV Online no Facebook), são praticamente idênticos.

Segundo o cliente, no ano passado ele viu um anúncio da empresa no Facebook e fez um cadastro para conhecer o negócio.

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“Eles me ligaram e ofereçam orientações no mercado financeiro por US$ 100. Eu depositei. Daí uma analista fez algumas operações comigo e ganhamos tipo uns US$ 50 dólares em dois dias”, relatou.

Os números dos telefones, segundo ele, são “mascarados”,  como se estivessem ligando da Austrália.

Segundo ele, a operadora — que se apresentava com codinomes; ora Luíza Tavares, ora Paula Campos — começou a falar sobre possibilidades do mercado.

“Já estávamos nos falando pelo menos meia hora por dia, todos os dias. Fui ganhando confiança nas operações e nela”, disse.

Até que um dia, ela propôs para ele um contrato de US$ 50 mil (cerca de R$ 230 mil), referente a um IPO de uma grande empresa e que já no lançamento daria 10% de lucro.

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“E realmente foi dando certo. Ela me deu um contrato para sacar 20% do lucro e realmente saquei no primeiro mês e no segundo também”, contou, revelando que sua conta chegou a ter R$ 1,2 milhão (cerca de US$ 250 mil).

No entanto, após esses dois saques a operadora foi fazendo operações que foram ficando negativas, pois não era possível operar com stop loss.

“Quando viram que comecei a ganhar, começaram as operações pré-mercado para negativar a conta. Diziam que se eu fechasse não sacaria porque eu tinha que ter estatística positiva. Tudo mentira”, disse.

Extorsão e o medo de perder

Depois da provável manipulação da empresa na qual Ronaldinho Gaúcho é garoto-propaganda, vieram as extorsões:

“Minha conta quase quebrando e começaram as extorsões. Ela disse que se eu não depositasse mais dinheiro a conta iria quebrar e que se eu fechasse as operações negativas eu não conseguiria sacar”.

Já em desespero, o cliente contou que continuou com os depósitos para poder tentar recuperar suas perdas por meio de outros contratos que a operadora dizia prever lucros, mas tudo foi em vão.

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Seus esforços serviram apenas para abastecer o suposto negócio fraudulento.

“Em julho, eles começaram a limitar os saques. Eles abriram posições pré-mercado nas empresas que chegaram a ficar US$ 70 mil negativos (cerca de R$ 300 mil)”, disse.

Resultado: ele depositou cerca de R$ 600 mil (US$ 142 mil) intermediados pela “Santos e Rabelo Consultoria”, que fica município de Gravatá em Pernambuco, e acabou perdendo quase todo dinheiro.

“Hoje tenho US$ 7 mil lá. O último saque que fiz foi de US$ 750. Eles continuam agindo como se nada estivesse acontecendo”, afirmou.

Como funciona a LBLV

Ainda que a LBLV prometa “facilitar seu caminho para o mundo da negociação online”, os relatos de como ela funciona na prática são bem diferentes. Em 15 de janeiro, um usuário do Facebook postou o seguinte:

“Usam máscaras de IP e telefonia para fazer chamadas e não revelam sua localização real, usam nomes e fotos falsos no Telegram. Uma empresa legítima não precisaria esconder o rosto e o nome de seus funcionários. Não caia nessa armadilha!”.

Reprodução/Facebook

Em dezembro, outro usuário publicou:

“Te fazem depositar quantias pequenas e mostram um lucro muito bom pra te enganar. Depois te fazem depositar quantias maiores e é aí que o problema começa”.

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Reprodução/Facebook

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