Um agente do FBI (Federal Bureau of Investigation) mostrou durante uma apresentação na Conferência de Cibersegurança RSA que entre os anos de 2013 e 2019, as pessoas pagaram US$ 144,35 milhões em bitcoin como resgate de dados, após ataques Ransomware. Grande parte dessas criptomoedas, US$ 63,65 milhões, passou por exchanges.
Segundo o agente especial de supervisão do FBI Joel DeCapua, esse valor não inclui outras criptomoedas. Ele mencionou durante sua apresentação que não há como quantificar as perdas, apesar de deixar claro que a grande maioria dos resgates terem sido pagos em bitcoins.
Para o estudo, DeCapua mencionou que analisou os casos que foram levados até o FBI. De acordo com ele, estão sob investigação 49 casos de Ransomware.
“Nós coletamos as carteiras das vítimas as quais nos reportaram incidentes desse tipo. Analisamos cada um tentando entender para onde o dinheiro foi e qual é a finalidade da ameaça do ataque ransomware”.
Milhões em Bitcoin
DeCapua apontou, então, que foram pagos pelas vítimas desses sequestros de dados US$ 144.35 milhões em bitcoin, entre outubro de 2013 e novembro de 2019.
O Ransomware Ryuk foi o que causou maiores danos às vítimas. Entre 09 de fevereiro de 2018 e 15 de outubro de 2019, foram perdidos de 61,26 milhões de dólares.
O Ryuk veio seguido pelos ataques Crysis/Dharma, com prejuízo de 24,48 milhões de dólares no período entre 2016 e 2019. O terceiro lugar, porém, ficou para o Ransomware Bitpaymer. Esse, porém, gerou um pouco mais de 8 milhões de dólares de prejuízo entre outubro de 2017 e agosto de 2019.
Exchanges
O fato é que, conforme apontou o agente do FBI, grande parte dos bitcoins pagos pelas vítimas passaram por corretoras de criptomoedas. Dos mais de 144 milhões de dólares em Bitcoin, 63,65 milhões de dólares foram parar em Exchanges.
“A maior parte foi transferido para as corretores de criptomoedas. Não se trata de transferências diretas para as exchanges. Estou falando de que pode haver um ou dois ou três intermediários ativos. Indiretamente, a primeira carteira que reconhecemos teve seu ganho com ransomware enviado para uma corretora de criptomoedas”, disse.
Os criminosos ainda teriam direcionado US$ 36,91 milhões para as carteiras de “bitcoin não gasto”. Para a surpresa do agente, porém, apenas uma pequena parte foi direcionada para Scams e Mercado negro.
Os Scams e o mercado negro, entretanto, não chegaram a receber juntas sequer um milhão de dólares. Os pools de mineração também não parecem ser predileção dos hackers. Esses só contabilizaram, segundo DeCapua, US$ 340 mil.
Na apresentação, ele não expôs todos os nomes das corretoras se criptomoedas mais utilizadas por criminosos pelo fato de elas ainda existirem e apontou apenas o nome da extinta BTC-e.com, a qual sofreu a perda de US$ 1.324.429,00.
Melhor proteção
O agente ainda apontou caminhos que podem ajudar os usuários a proteger melhor seus sistemas. Um deles é de ter senhas seguras e que não sejam utilizadas para outros fins, pois podem ser facilmente descobertas pelo uso da força bruta.
“Eu digo para não usar senhas que possam ser humanamente lidas porque é muito fácil se romper um hash. O que achamos ser uma senha complicada para um computador não o é. Se a pessoa pode passar a senha em 30 segundos para outra pessoa, costumo dizer que não é uma senha segura”, afirmou DeCapua.
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