Imagem da matéria: CointradeCX lista criptomoedas de empresas que deram calote como a LQX, da Credminer
Foto: Shutterstock

Correção: Diferentemente do que foi escrito em versão anterior, a CointradeCX está legalmente no Uruguai, mas atua no Brasil. O texto foi corrigido.
Atualização: Após a publicação da reportagem, corretora afirmou que embora o ícone da Nasdacoin estivesse na plataforma, a listagem está sob análise. A empresa retirou o ícone do sistema.
Atualização 2: A Credminer encaminhou um contraponto à reportagem, que se encontra ao final do texto.

Mesmo com denúncias de fraudes e de falta de liquidez, a corretora de criptomoedas CointradeCX — que atua no Brasil, mas está legalmente no Uruguai — listou dois projetos que deram problemas para muita gente: Nasdacoin e LQX (criada pela Credminer)

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Ambas são alvo de denúncias de pessoas que empenharam – e perderam – parte de seu dinheiro com esses supostos ativos. O caso da LQX é ainda mais grave, visto que a Credminer obrigou os clientes a aceitá-la em vez de pagar as promessas de rendimentos com bitcoin.

A Nasdacoin até aparece no CoinMarketCap, indicador que reúne cerca de 5.000 criptomoedas já criadas mundo afora. No entanto, a LQX não aparece na busca do agregador.

De moeda interna a ‘substituta do bitcoin’

A criptomoeda LQX foi idealizada por Antônio Silva, CEO do MDX Group, que tem entre suas empresas a antiga Credminer [atual WeHPM], cuja principal atividade era mineração de bitcoin.

Segundo seu idealizador, a ideia inicial era que a LQX fosse de uso interno dos clientes das empresas do MDX Group. No entanto, alegando dificuldades com o mercado brasileiro, pressão de bancos e da mídia, a Credminer anunciou o abandono da mineração em bitcoin e transformou o saldo de seus clientes na criptomoeda em LQX.

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A troca do bitcoin pela LQX é apenas uma entre várias mudanças nos negócios da Credminer adotadas no semestre passado. A própria empresa admite nos grupos de WhatsApp que há clientes com prejuízo, e que as mudanças visam ressarcimento.

A Credminer disse que iria encerrar as atividades ainda em janeiro e deu a seus clientes duas opções: migrar o saldo disponível para sua substituta, a WeHPM, aberta em dezembro passado em Berlim (Alemanha); ou transferi-lo para a corretora Liquidex, que pertence ao MDX Group, para cumprimento do restante do contrato.

Quando foi lançada, a LQX era cotada a R$ 4 — um valor arbitrário determinado pela própria empresa. Atualmente, de acordo com a cotação disponível na própria CointradeCX, cada LQX vale entre de R$ 0,2 e R$ 0,4 centavos.

Em dezembro, os associados da Credminer/WeHPM usavam grupos de WhatsApp para tentar revender seus LQX em troca de bitcoin ou reais – ou mesmo por artigos como motos, carros e televisores. Dessa forma, tentavam mitigar o prejuízo com a mudança nos negócios da empresa, que vinha há meses atrasando pagamentos.

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Em post no blog da corretora, a CointradeCX se refere à LQX como uma criptomoeda “genuinamente brasileira”. Até o momento é a única exchange a listar o ativo no Brasil.

Prejuízos com Nasdacoin

Apesar do nome, a Nasdacoin nada tem a ver com a Nasdaq, famosa bolsa de valores dos Estados Unidos que reúne ações de empresas de tecnologia.

Lançada em 2018, a Nasdacoin tem como idealizador o brasileiro Thiago Batista, também conhecido como James – apelido que diz ter ganho durante temporada que viveu no exterior.

Em meados de 2018, a Nasdacoin chegou a registrar uma valorização de 1.600% em duas semanas. Depois, caiu tão vertiginosamente quanto subiu. Atualmente é cotada no CoinMarketCap a algo equivalente a R$ 0,11.

Foi nesse momento de alta que o investidor Alex Cunha, de Mato Grosso, acabou atraído para investir na Nasdacoin. Meses depois, passou a amargar um prejuízo que passa dos R$ 200 mil.

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Além do prejuízo, Alex e outros investidores relatam dificuldades ao tentar contato com patrocinadores e com os líderes da Nasdacoin. “Eles visualizam a mensagem no WhatsApp, não te respondem ainda te bloqueiam em seguida”, disse um deles.

O que diz a CointradeCX

Procurada pelo Portal do Bitcoin, a CointradeCX afirmou, via assessoria de imprensa, que não oferece nem recomenda qualquer tipo de investimento ou ação especulativa por parte dos usuários.

“Nosso papel no ecossistema é disponibilizar à comunidade um ambiente tecnológico seguro e confiável para a troca de tokens e moedas”.

Questionada sobre quais os critérios adotados para listar uma criptomoeda, a corretora argumenta que os ativos passam por uma análise técnico-jurídica interna, “com o objetivo de avaliar se estão em conformidade com os padrões técnicos necessários à sua efetiva disponibilização, bem como se estão aderentes à legislação vigente”.

A CointradeCX deixou aberta, no entanto, a possibilidade de rever a listagem de criptomoedas suspeitas de esconder fraudes, caso comprovadas. “Se em algum momento forem identificadas irregularidades que comprovadamente desabonem qualquer projeto, a empresa se compromete em rever a listagem do ativo, seja qual for ele”.

Contraponto da Credminer

Diante da falta de compreensão de alguns e da frequente tentativa de outros em desvirtuar a história da empresa e o modelo de negócios pro ela explorado, servimos da presente nota para esclarecer os fatos a todo e qualquer interessado.

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A disrupção proposta pela tecnologia que envolve a criptomoeda e a valorização de moedas como o Bitcoin, expandiram os horizontes e atraiu o interesse de pessoas de todas as classes.

O expansivo movimento do mercado não trouxe apenas coisas boas. Infelizmente, como ocorre em quase todos os setores, surgiram diversos oportunistas interessados apenas em aplicar golpes, o que acabou sendo facilitado pela novidade do assunto.

Nós, CREDMINER, nascemos em um ambiente de desconfiança e descrença das pessoas, as quais rechaçavam existir empresa séria no seguimento pois, de alguma maneira, foram atingidas, ou diretamente por estelionatários ou pelo conhecimento do fracasso de amigos e parentes.

Ao longo dos mais de 3 (três) anos de nossa existência, vimos centenas de empresas abrirem e fecharem, eis que seu único propósito consistia no recrutamento em massa de pessoas que se propunham a fazer investimentos sem o mínimo de cuidado.

A MDX Rental S/A, empresa parceira do grupo armazena, minera e credita o valor minerado em “SALDO VIRTUAL” na conta do afiliado CredMiner, e duas vezes por mês é permitido o afiliado mandar este saldo para sua CARTEIRA DIGITAL cadastrada no site CredMiner, este saldo, entra em CRIPTOMOEDA disponivel nas Exchange parceiras. Em 2016 / 2017/ 2018 e 2019 nossos parceiros foram: CoinBR, Brabex, Stratum, Liquidex, e por último a Cointrade.

Para construirmos a reputação que temos hoje, nós, da CREDMINER, enfrentamos desafios de todas as ordens: perdemos parcerias, sofremos com o autoritarismo do sistema bancário, através do encerramento de nossas contas bancarias, fomos alvo o ódio dilacerante de sites caça likes, os quais foram por nós acionados judicialmente e responsabilizados, nos submetemos a diversas investigações, quase sempre fundadas em denúncias desconexas e tendenciosas a prejudicar, dentre tantas outras lutas.

Apesar disso, não desistimos e tampouco nos abdicamos dos nossos propósitos.

Ao contrário, cientes dos desafios e da necessidade diária de provarmos a licitude do nosso negócio, levamos mais de 10 mil pessoas entre os anos de 2018 e 2019 para visitar nossas instalações, atestarem a propriedade das maquinas e a qualidade da estrutura. Construímos uma forte estrutura de TI que possibilita o acompanhamento em tempo real das operações e fizemos adaptações profundas em nosso modelo e em nossa linguagem, a fim de nos adaptarmos às orientações jurídicas e regulatórias que acompanhávamos.

Todos esses movimentos revelam as nossas gritantes diferenças em relação a modelos suspeitos que são vistos no mercado: não oferecemos “investimentos”, não garantimos fixo, não temos binário, não garantimos lucros ou retornos mínimos, distribuímos o que efetivamente foi produzido, mostramos em tempo real as operações da empresa, as quais podem ser atestadas na própria rede Blockchain, cujo acesso é público.

Mesmo com nosso crescimento exponencial, que revela que é possível ter um negócio sério e sustentável, diversas pessoas continuam sendo vítimas das atrocidades de golpistas.

A infinidade de golpes aplicados no mercado somado ao crescente interesse das pessoas, despertou grande preocupação nas autoridades e atraiu a atenção das instituições para a necessidade de regulação do mercado.

As vítimas de golpes que envolvem criptomoedas, tomadas pela repulsa, acabam comparando empresas sérias, com propósitos idôneos à esquemas que só querem angariar recursos inconsequentemente.

Mesmo as autoridades, na ânsia de moralizar o setor e dar uma resposta à população, acabam cometendo injustiças contra empresas e pessoas com objetivos lícitos.

Nos últimos meses ainda acompanhamos alguns retrocessos em manifestações da CVM que, alterando entendimento anterior, passou a considerar a mineração uma promessa de rentabilidade futura e, portanto, a enquadrando no conceito de ATIVOS MOBILIÁRIOS, atraindo as empresas desse setor para sua competência regulatória.

A instabilidade verificada nas instituições e a distorção de conceitos importantes, gera fundada insegurança jurídica nas empresas e pessoas, e coloca todos nós em estado de atenção.

Nesse sentido, cientes na licitude do nosso negócio e confiantes na democracia e nas instituições, abrimos uma série de frentes de trabalhos as quais objetivam demonstrar, a quem quer que seja, a seriedade do nosso negócio, a nossa disposição em se adaptar a regras ou orientações claras que sejam dirigidas e garantir a perenidade da empresa.

1.Encerramento de novos cadastros na CREDMINER.
Conforme todos podem ver em nosso site, a CREDMINER foi encerrada para novos cadastros em 2019, com a certeza de que mais de 92% dos contratos já foram finalizados com lucros. Para os quase 8% restantes que ainda não recuperaram, está disponível para o afiliado até 05/03/2020 retirar em LQX todos os valores da plataforma para Liquidex. De lá poderá enviar para Cointrade ou qualquer outra exchange e ter liquidez, ou se preferir, poderá enviar seu saldo para o novo modelo de negócios.

2.Autorização de Funcionamento na Alemanha e Estados Unidos da América.
Entendemos que NÃO compensa mais minerar Bitcoin ou fazer arbitragens para distribuir lucros como era o modelo de negócio CREDMINER, e a maioria das moedas no mercado em 2019, pois os resultados não eram serão suficientes para pagar sequer os custos operacionais, de forma que decidimos suspender definitivamente a entrada de pessoas e continuamos pagando os poucos remanescentes.

O Grupo (Tecnoceleste S/A) sempre procurou um pais onde pudesse operar de forma LEGALIZADA e que tivesse segurança JURIDICA para o mercado de criptomoedas. Abrimos nossas estruturas na Europa e nos EUA e oferecemos nosso modelo de negócio para análise de profissionais do mercado e para as instituições locais, as quais emitiram autorização de funcionamento da CREDMINER em ambos países.

NÃO MUDAMOS APENAS DE NOME, MUDAMOS O MODELO DE NEGOCIO, e avisamos a todos e demos liberdade para as pessoas continuarem ou saírem. A maioria está achando que este novo modelo é uma “Versão” melhorada da CredMiner de forma legalizada, e NÃO É, todo o modelo será bem diferente, acreditamos que não adianta LEGALIZAR algo que não dará certo em 6 ou 12 meses.

3.SOBRE MINERAÇÃO:
Iniciamos em 2016 minerando exclusivamente bitcoin, com um grupo pequeno, sem ter nada, nem mesmo empresa aberta, as primeiras maquinas foram colocadas em mineradoras de terceiros, uma delas foi a CoinPy no Paraguai, e outras na China e Islândia, sempre deixamos isso da forma mais transparente possível com vídeos na internet e documentação. As maquinas no início, trabalhavam 3 a 4 meses e o que mineravam já pagavam tudo, o resto era lucro, em 2017 diminuiu um pouco, mas o preço do BTC estava alto e continuou compensando.

Em 2018 a dificuldade de mineração começou a aumentar muito e a cada lançamento de novas tecnologias de mineração pela bitmain, a maior fabricante, ficava mais difícil, começou a lançar uma máquina nova a cada 6 ou 8 meses. Iniciamos com D3, foi para D7, S9, S9J, S9i, T15, e agora mineramos com o modelo S17 Bitmain e B1 da BitFury.

Em 2019, maquinas como S9 com 13.5 Th/s não pagava quase a energia gasta, 80% das nossa maquinas hoje são da tecnologia S9, começamos a operar com arbitragens, e investir as moedas disponíveis em algumas empresas para render mais, tivemos apenas alguns prejuízos com esta operação, o que é inerente ao risco do negócio, hoje, apenas 20% de nossas maquinas são de tecnologia mais modernas.

Recomendamos que vá até o site da “Alloscomp Calculator” e digite 13.5 no Rash Rate da calculadora do site para saber quanto rende uma máquina S9. Hoje, cada máquina S9 gasta em média $36 dólares somente de energia e produz cerca de $51 dólares mês.

4.PERCEBENDO O FUTURO DO MERCADO:
Em 2018, a CredMiner passou a acreditar na criptomoeda que estava sendo criada, a LQX, que é uma criptomoeda para ser usada em pagamentos com PrivateSend, é livre o código de mineração, e tem valor definido pelo mercado e internamente com segurança IGUAL ou melhor que qualquer outra moeda no mercado.

LQX não tem a rede lenta, sem problemas de troco no core e conta com Masternodes e um “ecossistema” para sua circulação. Tanto que muitos afiliados a negocia no P2P para comprar de Sapato a imóveis.

LQX não é um Token como alguns falam, é uma CRIPTOMOEDA descentralizada, nenhuma empresa ou pessoa tem poder sobre ela, está na blockchain, é minerada por qualquer pessoa ou empresa, inclusive hoje, o maior Hash Rate (poder de mineração) é de empresas e pessoas que não tem nenhuma ligação com a Credminer, ela tem Masternode e pode ser usada para pagamentos em compra de produtos e serviços em empresas parceiras, diante disso, em 2019 assumimos a LQX como nossa criptomoeda oficial para pagamento de bônus.

Escolhemos a LQX para aproveitar às maquinas mais antigas que a CREDMINER tem, pois se não tivesse feito esta escolha, A UNICA GARANTIA PARA TODOS seria essas maquinas da operação, maquinas essas que estão defasadas e não compensa minerar e hoje tem preço quase zero no mercado, pois existe outras com novas tecnologias.

Todas essas ações, como visto, decorrem da proatividade da própria empresa que continua focada e determinada em seus objetivos, não prejudicou os aderentes ao modelo de negócio oferecido e continua atenta às mudanças de mercado para se manter sempre competitiva e buscando as melhores oportunidades para seus clientes.