Imagem da matéria: Manhã Cripto: Memecoins de Trump desabam após posse presidencial nos EUA
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O mercado cripto testemunhou uma volatilidade significativa na segunda-feira (20), depois que as memecoins que a família Trump se aventurou lançando um dia antes caíram de valor.

A recém-lançada memecoin da primeira-dama Melania Trump, Melania Meme (MELANIA), caiu mais de 60% em relação à sua alta de estreia após a posse do presidente Donald Trump.

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O token MELANIA agora tem uma capitalização de mercado de US$ 625,5 milhões, segundo dados do CoinGecko. Ao mesmo tempo, a memecoin de Donald Trump, Official Trump (TRUMP), também sofreu um forte golpe, caindo 26% para US$ 39 de um pico de US$ 73,43 no início da semana.

A moeda baseada em Solana chegou a disparar 12.000% em sua estreia, chegando a US$ 13,05 antes de cair para apenas US$ 4,18, segundo dados do CoinGecko.

Anunciado como um token colecionável e de entretenimento, o FAQ do projeto indicava que ele “não é um instrumento financeiro ou investimento”. No entanto, a queda acentuada em seu valor levantou questões sobre sua natureza especulativa, apesar das isenções de responsabilidade.

O modelo de distribuição da memecoin, projetado para lançamento gradual, aloca 35% dos tokens para a aquisição da equipe ao longo de 13 meses, juntamente com uma alocação de 20% para iniciativas de tesouraria e comunidade. 

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Por outro lado, o token TRUMP inicialmente teve um crescimento explosivo, entrando nas 15 principais criptomoedas por capitalização de mercado durante seu pico apenas um dia antes de sua posse.

No entanto, o lançamento da MELANIA e o subsequente desvio de liquidez provocaram uma queda acentuada na memecoin de Trump.

Problemas de infraestrutura na Solana exacerbaram o caos, com plataformas como Phantom Wallet e Jupiter Exchange sobrecarregadas por picos de transações.

“O lançamento do token TRUMP representa um momento sem precedentes nos mercados de criptoativos, marcando a primeira vez que um presidente em exercício foi associado a um lançamento de memecoin”, disse Dan Hughes, fundador e CTO da Radix, ao Decrypt. 

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Hughes observou que o lançamento subsequente do token MELANIA, juntamente com relatos de carteiras de equipes convertendo os acervos de TRUMP em criptomoedas importantes como Solana (SOL), Ethereum (ETH) e, potencialmente, Bitcoin (BTC) — coincidindo com seu aumento para US$ 108 mil — sugere uma estratégia potencialmente coordenada que poderia desestabilizar as dinâmicas do mercado.

“Esse padrão de lançamentos de tokens impulsionados por celebridades, especialmente por figuras políticas, marca potencialmente uma tendência preocupante nos mercados cripto, onde a influência e a manipulação da liquidez podem ofuscar a criação de valor fundamental”, afirmou Hughes.

Em meio ao caos das memecoins, a World Liberty Financial (WLF), uma plataforma DeFi afiliada ao presidente Trump e sua família, fez movimentos cripto significativos em meio à inauguração. 

A plataforma adicionou aproximadamente 439 Wrapped Bitcoin (wBTC), avaliados em US$ 47 milhões, ao seu saldo, aumentando suas participações para 456,77 wBTC. 

A compra foi parte de uma série de transações que totalizaram quase US$ 100 milhões em BTC e ETH em dois dias.

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Em entrevista ao Decrypt, Sudhakar Lakshmanaraja, fundador da Digital South Trust, disse: “A queda da moeda de Trump e Melania é um exemplo claro de por que a essência deve prevalecer sobre a propaganda no mundo das criptomoedas.”

“Essa situação é um lembrete claro de que o hype e a especulação só podem levar um token até certo ponto. Sem um caso de uso ou utilidade forte, as memecoins são vulneráveis à volatilidade e ao sentimento do mercado”, acrescentou Lakshmanaraja. 

A turbulência das memecoins se desenrolou no contexto do segundo mandato do presidente Trump, em que as expectativas de políticas favoráveis às criptomoedas, pelo menos por enquanto, não foram atendidas. 

O discurso de posse de Trump e as ordens executivas iniciais excluíram os ativos digitais, decepcionando os proponentes que esperavam clareza regulatória, uma reserva de Bitcoin ou uma reversão da polêmica regra “SAB 121” da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC).

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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