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Apenas um dia depois de sobreviver a uma segunda tentativa de assassinato, Donald Trump lançou ontem (16) seu projeto cripto, há muito tempo anunciado: o World Liberty Financial.

Embora muito sobre o projeto ainda não esteja claro, a equipe por trás do World Liberty Financial revelou detalhes não confirmados anteriormente durante uma entrevista ao vivo com a Rug Radio, a empresa associada ao Decrypt.

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O projeto oferecerá serviços de empréstimo e financiamento para criptomoedas na blockchain do Ethereum, não muito diferente da vasta gama de aplicativos existentes no DeFi — um termo abrangente que descreve produtos cripto que fornecem serviços financeiros sem a necessidade de intermediários, como bancos.

O novo projeto de Trump promete ser mais “amigável” e acessível do que as alternativas existentes e altamente técnicas, e será sustentado por um token de governança intransferível (ou seja, não negociável), o World Liberty Financial (WLFI).

A equipe do World Liberty Financial, comandada pelo líder de operações Zak Folkman e pelo chefe de dados e estratégia Chase Herro, divulgou novos detalhes sobre o plano de distribuição do token WLFI e deixou claro que a venda do token será regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC). 

“Não houve pré-venda, nem capital de risco, nem buy-ins antecipados”, disse Folkman durante a entrevista. “É exatamente como qualquer outro projeto DeFi que você pode esperar ver sendo lançado agora com uma distribuição de tokens incrivelmente justa”, disse ele.

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A maior parte do suprimento de tokens — 62,66% — será distribuída em uma próxima venda de tokens, com uma parte da receita líquida dessa venda indo para a reserva de tesouraria da carteira com várias assinaturas do projeto, de acordo com um trecho do white paper do World Liberty visto pelo Decrypt. O restante da receita líquida da venda será pago aos fundadores, à equipe e aos prestadores de serviços do projeto. 

Aproximadamente 17,33% do suprimento do WLFI será destinado a incentivar a expansão da participação na governança do World Liberty, juntamente com outras iniciativas de crescimento da comunidade, de acordo com o trecho do white paper.

Os 20% restantes do fornecimento de tokens serão destinados à equipe do projeto, consultores e futuras contratações, com partes não reveladas do WLFI destinadas à WLF Foundation, afiliadas da Trump Organization e ao Witkoff Group, que é administrado pelo amigo e aliado de longa data de Trump, Steve Witkoff — um participante do World Liberty. 

A CoinDesk informou previamente que os membros do World Liberty Financial receberiam 70% do suprimento de tokens da WLFI — uma medida que seria contrária às normas do setor.

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Uma fonte familiarizada com o assunto descreveu os relatórios anteriores sobre o lançamento do token como “imprecisos”, mas não quis entrar em detalhes. O Decrypt visualizou trechos do que, presumivelmente, é um rascunho atualizado do white paper que contém linguagem semelhante à dos relatórios anteriores, mas com alocações de tokens substancialmente diferentes. 

A equipe por trás do projeto também revelou na segunda-feira (16) que a venda do WLFI será regulamentada pela SEC, abordando pelo menos um elemento das questões que cercam a escolha de Trump de lançar um projeto DeFi durante um período de profunda incerteza regulatória para o setor nos EUA.

Todos os compradores do WLFI serão examinados usando os mesmos padrões de “conheça seu cliente” (KYC) utilizados pelas exchanges cripto norte-americanas, como a Coinbase e a Kraken.

Embora um trecho do white paper do World Liberty tenha enfatizado que os tokens WLFI não se destinam a ser considerados títulos, os tokens serão oferecidos por meio da Regra 506(c) do Regulamento D da SEC — o que significa que serão vendidos como títulos não registrados sob uma isenção da SEC que permite que esses produtos sejam oferecidos nos Estados Unidos a investidores credenciados.

A SEC define investidores credenciados como indivíduos financeiramente sofisticados que ganharam US$ 200 mil em um dos últimos dois anos, ganharam US$ 300 mil coletivamente com seu cônjuge ou equivalente nos últimos dois anos, têm um patrimônio líquido de US$ 1 milhão ou mais, com ou sem cônjuge, ou são corretores ou profissionais financeiros. 

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Uma fonte familiarizada com o assunto, no entanto, disse que os detalhes do projeto ainda estão sujeitos a mudanças.

*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.

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