Os fundos com exposição a criptomoedas voltaram a registrar entrada líquida de recursos após quatro semanas seguidas de saídas, com influxo de US$ 441 milhões entre os dias 1º e 5 de julho, segundo dados da CoinShares. O movimento ocorre mesmo com a fraqueza do mercado diante das notícias vinda da Mt. Gox e do governo de Alemanha.
Na semana passada, a extinta exchange de criptomoedas Mt. Gox começou a pagar seus credores em Bitcoin (BTC) e Bitcoin Cash (BCH), e devido aos altos valores, tem gerado temor entre os investidores sobre o impacto do aumento de ativos no mercado, derrubando assim os preços.
Para piorar, o governo alemão começou a movimentar milhões de dólares em bitcoins de suas carteiras, o que pode ser um sinal de que ele está se preparando para vender os ativos, o que também pode pressionar o preço do BTC. No total, avalia-se que o governo tenha US$ 2,3 bilhões em ativos, que Justin Sun, o polêmico fundador da Tron, até se ofereceu para comprar.
Porém, mesmo com esses temores no mercado, a equipe da CoinShares avalia que a fraqueza dos preços na semana passada pode ter sido vista como uma oportunidade de compra, ajudando o fluxo para os fundos de criptomoedas.
Os volumes de produtos negociados em bolsa (ETPs) permaneceram relativamente baixos em US$ 7,9 bilhões durante a semana, refletindo o padrão sazonal típico de volumes mais baixos nos meses de verão no hemisfério norte (entre junho e setembro).
Regionalmente, as entradas ocorreram principalmente nos Estados Unidos, que registraram US$ 384 milhões, embora tenham sido observadas compras oportunistas num amplo conjunto de países, sendo os mais notáveis Hong Kong, Suíça e Canadá, com US$ 32 milhões, US$ 24 milhões e US$ 12 milhões, respetivamente.
A Alemanha foi uma exceção, registando saídas de US$ 23 milhões, pressionada pelas movimentações do governo local.
Enquanto isso, o Brasil segue registrando seguidas semanas positivas, ainda que o fluxo não seja tão forte, desta vez ficando em US$ 11,3 milhões, mantendo o país com o terceiro melhor desempenho no ano, com US$ 172 milhões, atrás dos EUA (US$ 16,7 bilhões) e Hong Kong (US$ 314 milhões).
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Entre os ativos, o Bitcoin registrou entradas de US$ 398 milhões, mas representou incomumente apenas 90% do total de entradas, já que os investidores optaram por investir em um conjunto muito mais amplo de altcoins, segundo a CoinShares.
“O mais notável deles foi a Solana, que registrou US$ 16 milhões na semana passada, elevando as entradas acumuladas no ano para US$ 57 milhões, tornando-a a altcoin com melhor desempenho do ponto de vista de fluxos”, disseram os analistas.
No caso do Ethereum (ETH), o sentimento parece ter mudado, com os fundos registrando entradas de US$ 10 milhões, apesar de continuar sendo o único ETP a ter visto saídas líquidas no acumulado do ano.
Olhando para os produtos específicos, o ETF de Bitcoin à vista da Grayscale segue no negativo, liderando as saídas da semana, com US$ 87 milhões, junto com o produto da CoinShares XBT como únicos com desempenho negativo entre 1º e 5 de julho.
Do lado positivo, o ETF da Fidelity liderou os ganhos, com entrada líquida de US$ 194 milhões, sendo o fundo com o segundo melhor desempenho do ano, atrás apenas do IBIT da BlackRock.
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