J. Christopher Giancarlo, presidente da Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities dos Estados Unidos (CFTC), disse, em entrevista ao Fast Money da CNBC na noite desta segunda-feira (01) que as criptomoedas estão aqui para ficar.
O que mais chamou a atenção, porém, não foi seu ponto de vista sobre o mercado de criptomoedas, mas sim por ele ser o maior líder de uma das agências reguladoras do sistema financeiro dos Estados Unidos, cujo poder pode ou não regular o novo mercado.
“Pessoalmente, acho que as criptomoedas estão aqui para ficar. Eu acho que há um futuro para elas”, disse Giancarlo.
O dirigente, que tem mandato na CFTC até abril de 2019, disse não acreditar que as criptomoedas cheguem a rivalizar com o dólar ou outras moedas fortes, mas que muitas partes no mundo estão sedentas por uma moeda diferente.
“Existem 140 países no mundo, cada um deles tem uma moeda. Provavelmente dois terços [delas] não valem seu polímero ou seu papel, e essas partes do mundo dependem de moedas fortes. Bitcoin e criptomoedas podem resolver alguns dos problemas”, explicou o presidente.
No entanto, Giancarlo esclareceu que para chegarmos a este momento ainda tem muito chão: “Estamos falando sobre isso para, talvez, daqui uns 10 anos”, frisou ele.
Os conhecimentos de Giancarlo sempre teve muito prestígio por governantes dos Estados Unidos. Ele foi nomeado Comissário da CFTC já no mandato de Barack Obama em 2013. Foi empossado com o cargo maior após decisão do atual presidente dos Estados Unidos, Donald trump, em 2017.
O presidente do CFTC ficou famoso na comunidade das criptomoedas quando, em fevereiro deste ano, defendeu o Bitcoin no Congresso americano ao aconselhar os parlamentares a não dispensar as criptomoedas imediatamente porque ela atraia os investidores mais jovens.
Foi então que ele ganhou o apelido carinhoso da comunidade de ‘CryptoDad’ (pai das criptomoedas).
No entanto, ele também acredita que os reguladores têm o dever de adotar uma abordagem moderada para aprovar produtos de criptomoeda, mesmo que isso signifique que os EUA não se torne líder em todos os aspectos do desenvolvimento da indústria de blockchain, comentou a CCN.
“Não há dúvida de que os Estados Unidos estão liderando em várias áreas, mas há outras áreas além da inovação que faz sentido tomar uma abordagem inteligente, assim como o Congresso dos EUA fez há 20 anos nos primeiros dias da internet”, disse Giancarlo.
No início de maio deste ano, quando o regulador disse que o Bitcoin seria uma espécie de “ouro digital”, ou seja, uma commodity digital, ele também frisou que havia grande dificuldade de encaixar o criptoativo nas atuais classificações regulatórias.
A CFTC vê elementos de commodities que estão sujeitos aos seus regulamentos, “mas dependendo do regime regulatório que você está analisando, ele (bitcoin) tem diferentes aspectos de tudo isso”, disse o presidente na ocasião.
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