Bitcoin na frente de um fundo de gráfico de alta
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Investidores amanheceram com maior apetite por ativos de risco, como criptomoedas e ações, animados com as previsões de cortes de juros anunciadas pelo banco central dos EUA. 

Bitcoin sobe 4% em 24 horas, para US$ 42.784,10, segundo dados do Coingecko.    

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Em reais, o BTC ganha 3%, negociado a R$ 212.493,23, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) registra alta de 4,5%, cotado a US$ 2.275,22.  

As principais altcoins também embarcam no rali, com destaque para BNB (+0,6%), XRP (+3,4%), Solana (+8,4%), Dogecoin (+4%), TRON (+1,4%), Chainlink (+4,2%), Avalanche (+5,8%), Polkadot (+7,2%), Polygon (+4%) e Shiba Inu (+7%).  

Cardano (ADA) mostra valorização de 12% depois de subir 17% na madrugada, na esteira do aumento do valor bloqueado no ecossistema do token para quase US$ 450 milhões. 

A memecoin BONK, que chegou a cair 11% com os planos de listagem da Coinbase, dispara 41%, com volume de trading superior a US$ 235 milhões. 

Bitcoin hoje 

Na quarta-feira (13), o Bitcoin conseguiu furar a barreira dos US$ 43 mil pela primeira vez desde o mergulho de 7,5% na segunda. 

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O bom humor do mercado nesta quinta é motivado pelas projeções de alívio monetário na maior economia do mundo, o que pode liberar mais liquidez para investimentos em ativos vistos como mais arriscados. 

O Federal Reserve, o banco central dos EUA, manteve a taxa básica em uma faixa de 5,25% a 5,5%, mas projetou cortes de 75 pontos-base em 2024, um ritmo mais acelerado do que o previsto em setembro, confiante em sua batalha para o controle da inflação. 

Hoje tem decisão de juros do Banco Central Europeu e do Banco da Inglaterra, com traders otimistas de que as taxas também vão cair na zona do euro e no Reino Unido no ano que vem. 

Essa perspectiva de maior liquidez tende a favorecer o mercado de criptomoedas, na visão de especialistas. Além disso, temas como regulação, halving e fundos de índice (ETFs) de Bitcoin e Ethereum devem guiar o mercado de criptoativos, destaca a equipe de pesquisa do (MB) no relatório com as 10 teses para 2024.

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Em outro estudo, o JPMorgan prevê um melhor desempenho do Ethereum em relação ao Bitcoin e outras criptomoedas no próximo ano, embora analistas do banco permaneçam “cautelosos”. 

Recuperação de fundos de clientes da FTX 

Um juiz de um tribunal de falências tomou medidas para encerrar uma disputa entre a FTX e seu maior credor, o IRS, agência equivalente à Receita Federal nos EUA. 

No domingo (10), advogados da exchange, atualmente em recuperação judicial, afirmaram que o IRS  precisa mostrar como fez os cálculos do processo em que cobra US$ 24 bilhões em impostos não pagos pela FTX. Para os advogados, a única função dessa cobrança é tirar dinheiro das vítimas do colapso da companhia. 

Na quarta-feira (13), o juiz John Dorsey, do Tribunal de Falências de Delaware, agendou uma audiência para o início do ano que vem com o objetivo de calcular a dívida da exchange cripto com o IRS, impasse que tem atrasado a devolução de fundos aos clientes lesados, segundo o CoinDesk. A pendência com o IRS precisa ser resolvida para que a FTX possa iniciar a devolução. 

E inspirada na quebra da FTX, a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) dos EUA quer criar uma regra que aumentaria a proteção para investidores que usam organizações de compensação de derivativos (DCOs, na sigla em inglês). 

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A norma exigiria que as DCOs, que são registradas com a agência e realizam negociações, segreguem fundos dos clientes, incluindo de investidores de varejo, dos seus próprios recursos internos, conforme o The Block

No Brasil, a segregação patrimonial para empresas do setor de criptomoedas foi o ponto mais abordado na sessão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados na quarta-feira (13). O grupo se reuniu para debater o Projeto de Lei 4.932/2023, proposto no relatório final da CPI das Pirâmides Financeiras

Também na quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que cria um imposto de 15% para criptomoedas mantidas em corretoras fora do Brasil. 

Outros destaques das criptomoedas 

A Coinbase estreia a partir desta quinta (14) a negociação à vista de criptomoedas fora dos EUA como parte de sua estratégia de expansão global, segundo anúncio publicado no blog da empresa. O braço internacional da maior exchange cripto dos EUA vai permitir que clientes institucionais negociem Bitcoin e Ethereum contra a stablecoin USDC. A novidade ainda não está disponível para investidores de varejo. 

David Riegelnig, que deixou a área de private banking do Credit Suisse em 2015, lançou uma plataforma de trading cripto para atender bancos e empresas de valores mobiliários, segundo a Bloomberg. A startup Rulematch, cofundada por Riegelnig e com sede em Zurique, já começou a negociar BTC e ETH e está aberta a clientes na maior parte da União Europeia, no Reino Unido e em Singapura, disseram executivos da empresa. 

A exchange Blockchain.com planeja aumentar as contratações em 25% no primeiro trimestre do ano que vem de olho em novos mercados, como Nigéria e Turquia que, aliás, avança sua legislação de ativos digitais. Em entrevista à Bloomberg, o CEO da Blockchain.com, Peter Smith, contou que Curtis Ting, ex-chefe de operações globais da Kraken, foi contratado para ajudar a estabelecer o novo hub da empresa em Paris e a abrir unidades em toda a Europa. 

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A plataforma de games cripto Immutable anunciou na quarta-feira (13) que gamers poderão ser liberados de custos de transação em sua nova rede Immutable zkEVM, graças a um recurso que permite a desenvolvedores de jogos “patrocinar” as chamadas taxas de gas para jogadores, informou o Decrypt

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