Imagem da matéria: Manhã Cripto: Bitcoin (BTC) supera US$ 41 mil e atinge maior cotação desde colapso do Terra
(Foto: Shutterstock)

mercado de criptomoedas vai na contramão dos índices futuros dos EUA nesta segunda-feira (4), em um rali puxado pela expectativa de maior demanda por ativos digitais na maior economia do mundo. 

Bitcoin avança 6% em 24 horas, para US$ 41.845,44, segundo dados do Coingecko.    

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Em reais, o BTC sobe 5,2%, negociado a R$ 204.406,75, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).   

Ethereum (ETH) tem alta de 4,2%, cotado a US$ 2.260,91.  

As principais altcoins acompanham a valorização, enquanto outras mostram estabilidade, com destaque para BNB (+2,3%), XRP (+1,9%), Solana (-0,1%), Cardano (+3,7%), Dogecoin (+5,3%), TRON (+1,7%), Chainlink (-0,0%), Avalanche (+3,8%), Polkadot (+3,4%), Polygon (+1,2%) e Shiba Inu (+10,1%).  

Bitcoin hoje 

O Bitcoin teve um fim de semana de alta, que se intensificou durante as negociações na Ásia. Nesta segunda, a maior criptomoeda é negociada em níveis vistos pela última vez antes do “crash” do ecossistema Terra em maio de 2022, mostram dados do CoinDesk. 

A possível aprovação de fundos de índice (ETFs) com exposição direta ao Bitcoin e maior liquidez para ativos de risco com a expectativa de alívio monetário nos EUA animam investidores. 

“O mercado espera cada vez mais um corte dos juros no próximo ano, e investidores estão cada vez mais otimistas quanto ao cenário para os pedidos de ETFs de Bitcoin por alguns dos maiores nomes da gestão de ativos”, escreveu Lucy Hu, analista sênior da Metalpha, em nota publicada pelo CoinDesk. “Esta é uma declaração oficial de um ‘bull run’, e o preço poderá ver mais altas nas próximas semanas.” 

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James Butterfill, chefe de pesquisa da gestora de ativos digitais CoinShares, disse ao Decrypt que investidores estão buscando diversificação, o que poderia ser positivo para o Bitcoin. 

No entanto, traders institucionais seguem cautelosos. Analistas da ByBit Research destacam que esses investidores têm uma visão otimista para o Bitcoin, estão divididos sobre o desempenho do Ethereum, mas continuam céticos em relação às altcoins. 

Fintech sai de mercado cripto dos EUA 

Mesmo diante do rali das moedas digitais, a fintech SoFi Technologies desistiu de atuar no mercado de criptomoedas devido ao maior escrutínio de reguladores do setor bancário nos EUA, informou a Bloomberg

A empresa de São Francisco disse aos clientes que eles precisarão liquidar suas contas de criptomoedas nas próximas semanas ou migrar para a plataforma Blockchain.com. 

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De acordo com a reportagem a SoFi fundada há 12 anos como uma empresa de refinanciamento de empréstimos estudantis, recebeu uma licença bancária em janeiro de 2022. Mas a aprovação estava condicionada a um período de conformidade de dois anos para seu negócio cripto: a fintech teria de receber as aprovações regulatórias necessárias ou sair do setor de ativos digitais. 

Empresas de criptomoedas têm operado sob constante pressão da SEC, a CVM dos EUA. No entanto, em decisão inusitada, um juiz federal do estado de Utah ameaçou advogados da agência com sanções caso não expliquem afirmações supostamente “falsas e enganosas” sobre a empresa cripto DEBT Box, segundo o Theb Block

Traders VIP da Binance 

Grandes traders da Binance que participaram de uma conferência em Singapura em setembro deste ano foram informados sobre o acordo que seria fechado entre a corretora cripto e autoridades dos EUA, de acordo com a Bloomberg.  

Durante um luxuoso jantar privado, um grupo de formadores de mercado (“market makers”) e traders, chamados de VIPs, foram comunicados sobre a iminente multa de US$ 4,3 bilhões que seria imposta para encerrar uma investigação criminal contra a maior exchange cripto do mundo nos EUA. 

O ex-CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, não estava presente ao jantar, mas Richard Teng, que agora comanda a empresa, participou do encontro. 

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Um porta-voz da Binance disse à Bloomberg que a descrição do evento é imprecisa, mas não identificou quais aspectos estavam errados. 

No Brasil, deputados que participaram da CPI das Pirâmides Financeiras afirmaram em entrevista ao Portal do Bitcoin que o caso que corre na Justiça americana pode repercutir aqui.  

Em outro revés, a Justiça brasileira proibiu a Binance de acessar R$ 430 milhões bloqueados em disputa com a fintech Capitual. 

Outros destaques das criptomoedas 

A partir desta segunda-feira (4), clientes do Itaú poderão negociar criptomoedas por meio da plataforma de investimentos íon, segundo informações do jornal Valor Econômico. Por enquanto, o maior banco privado do país vai liberar apenas negociações com o Bitcoin e o Ethereum. Guto Antunes, chefe da Itaú Digital Assets, disse que o acesso será gradativo. “Essa gradualidade depende da clareza regulatória. Não entramos em detalhe sobre os processos de escolha [para os primeiros clientes que terão acesso à novidade] por ser uma questão estratégica”, afirmou o executivo ao jornal. 

Em outra aposta no mercado de criptoativos brasileiro, a Matera, empresa de tecnologia focada em soluções e produtos financeiros, fechou uma parceria com a tokenizadora Liqi para dar suporte a bancos e instituições financeiras que queiram oferecer negociação de criptomoedas aos clientes, de acordo com o Valor

O Lazarus Group, organização de hackers associada à Coreia do Norte, roubou cerca de US$ 3 bilhões em criptomoedas nos últimos seis anos, conforme relatório da empresa de segurança cibernética Recorded Future. Só em 2022, o grupo levou US$ 1,7 bilhão em criptomoedas. Dados da Chainalysis mostram que, desse total, US$ 1,1 bilhão foi drenado de plataformas financeiras descentralizadas (DeFi). 

Enquanto isso, hackers que roubaram US$ 8,3 milhões da plataforma Platypus Finance em fevereiro deste ano foram absolvidos de acusações criminais por um tribunal na França, reportou o jornal Le Monde. E a exchange descentralizada KyberSwap planeja compensar usuários afetados pelo hack de quase US$ 49 milhões em cripto, de acordo com publicação no X

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